Sexta-feira. Intervalo da faculdade. Estou sentada numa mesinha enquanto falo com Melanie e Ryan, meus amigos. Começamos a falar dos estágios de forma natural da espécie "Como foi?" e "Até que foi tranquilo". As conversas soavam bem artificiais até eu jogar a conversa na roda.
— Estava tudo normal até um cara se atirar pra cima de mim e um dos pacientes começar a bater nele. — digo.
— Como assim? Um dos médicos já fizeram isso? — Melanie pergunta.
— Não. Um paciente também.
— Eles deixaram você chegar bem perto dos pacientes? O máximo que me deixaram fazer foi olhar eles de longe e ver como trabalham. — Ryan explica espantado.
— Sim. Eu também não entendi. Vocês tinham que ver um cara chamado Calum, maior figura. É fogo. — rio.
— Ele é do tipo bonitão doido? — Melanie abana as mãos.
— Bonito sim, mas não é esse tipo de fogo que mencionei. — fico com vergonha e abaixo o rosto.
— Até quando você vai ser virgem? — Ryan pergunta caçoando da minha pureza.
— Até quando encontrar o amor verdadeiro.
Um cara se aproxima de Melanie e lhe dá um beijo na bochecha. Ryan e eu olhamos um para o outro com reação assustada. Ela dá um sorriso e o cara se senta do nosso lado.
— Ah, ele é o Tonny, um "amigo". — ela diz.
— Olá. — Ryan e eu dizemos simultaneamente.
— Ela está com vergonha de dizer que estamos namorados. — o rapaz forte diz.
— Não é bem isso. — ela tenta corrigir e ele coloca o dedo nos seus lábios.
— Vamos andar, bebê. — ele puxa o braço dela e logo elá está longe.Quando entramos na sala, sentamos nos nossos lugares. O professor começa a explicar umas teorias de Freud e logo pergunta sobre os estágios.
— Como bons profissionais, espero que entendam o lado emocional deles, mas sem absorver para vocês, entendem? Nada de voltarem traumatizados com as histórias que ouvirem e levar para dentro da faculdade. — Quando ele diz isso, Ryan me olha sorrindo, tirando sarro de mim.
— Vá se ferrar! — digo para Ryan no exato momento que a sala estava quieta e todos olham pra mim. Até o professor.
Com pressa, pego minhas coisas assim que o sinal toca e vou para casa. Tento fazer duas ligações para Melanie mas ela não atende nenhuma vez. Queria ajuda dela para fazer o trabalho. Tento uma última vez e ela não atende. Desisto. Acabo por ir mais cedo para o River's Madhouse.
A carro-chefe do lugar, Julia Goulding, pede desculpas pelo ocorrido com os garotos no dia anterior e diz para dessa vez eu seguir o Dr. Robert. Sigo o homem pelos corredores até ele entrar no quarto de uma garota alta e bonita. Ela tinha os braços atados pela camisa de força e tinha uma cara nada satisfeita.— Essa é a Brooke. — Dr. Robert diz.
— Olá, Brooke. — digo. Quando ela ouve minhas palavras começa a sair lágrimas dos seus olhos.
— Ela não gosta muito de conversar. — ele explica.
— Eu gostaria de... — começo a falar.
— Brooke precisa descansar, não é? — ele olha para a garota e ela tenta mexer o corpo. Fico horrorizada com isso. O doutor pede pra mim sair da sala e ir para o jardim. Sem querer faço o que ele pede.Olho para o local e estava quase vazio, só Calum e Luke acompanhados de um médico olhando os rapazes de longe. Me aproximo deles e Luke me dá um abraço quente.
— Haileeeeeey, você voltou. — diz sorrindo.
— Sim. Bom ver vocês.
— Olha a garota legal. — Calum mostra um sorriso tímido.
— Vocês estão bem? — pergunto.
— Eu sim. — Calum responde.
— Eu queria ver o Ashton. — Luke diz fazendo biquinho.
— Ele não saiu do quarto hoje. — Calum explica. Imagino que seja por minha causa.
— Será que eu posso ir ver? — pergunto em vão, sendo que eles são míseros pacientes.
— Se for fala pra ele que me deve uma aposta. — Luke diz.
Procuro pela sua sala e era no fim de um corredor. A porta estava aberta e acabo entrando. Ele estava deitado com uma médica do seu lado.
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Room 89: Madhouse [5SOS/ Ashton Irwin]
FanfictionApós sonhar tanto na faculdade, Hailey consegue a façanha e como todo trabalho, ela precisa dos sacrifícios. Seu estágio que o diga. A garota precisa se integrar onde pessoas que procuram tratar suas doenças mentais se internam. Uma espécie de hospí...