Capítulo 3 APAIXONADO E DESMASCARADO

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- Liam, por favor! Desculpe-me, Doutor... - Dominique pediu mortificada, mas o médico não se abalou. Ele já conhecia bem o temperamento do marido dela.

- Senador, como vai? – Dr. Gonzáles cumprimentou Richard estendendo-lhe a mão.

 - Bem, obrigado! – ele apertou a mão do médico.

- Doutor? – Dominique o chamou. - Não seria possível conseguir outra refeição? Liam não quer comer a que servem aqui no hospital – explicou.

- Infelizmente não Senhora Walker. Não posso abrir exceções mesmo que seja para o pai do nobre Senador. A alimentação servida no hospital possui os nutrientes necessários para que o paciente se restabeleça o mais rápido possível.

- Você quer mesmo é que eu tenha um AVC desta vez, não é? Porque, com essa lavagem, é o que eu vou ter!  Está pensando em consolar a viúva, é? – o doente enfezado falou.

- Liam, pelo amor de Deus! – a esposa ficou mais vermelha do que era possível.

- Pensa que eu não sei sobre a sua fama de garanhão latino? Nem vem que na minha doçura você não põe as mãos.

A mãe do jovem Congressista e o Médico estavam vermelhos de vergonha. Liam já possuía um humor atípico, doente então, conseguia ser ainda pior. Só faltava a presença de Mark, então o circo estaria fechado.

Richard pediu licença e foi atender ao celular que tocava naquele instante.

- Oi, Mark. Como está tudo por aí? – perguntou assim que atendeu. Havia deixado tudo para trás na capital e viera para perto de sua família quando o pai adoecera.

- Tudo tranquilo, Rick. E o Liam? Como está?- perguntou e Richard pode ouvir a preocupação na voz do amigo, Mark amava os pais do Senador como se fossem os seus próprios.

- Está muito bem, Mark, foi só um susto mesmo, ele já está até fazendo piadinhas com o médico. - O amigo riu mais aliviado.

- Imagino! Coitada da Dominique – Mark disse rindo.

- Olha quem fala... - Richard brincou. - Vocês dois quando se juntam ninguém segura.

- Diga para ele que lhe desejo melhoras e só para provocá-lo, diga que mandei um beijo para Dominique.

Foi à vez de o Senador rir. O pai do rapaz implicava com o amigo de Richard alegando que ele tinha uma queda por sua esposa. Óbvio que era mais para gozação do que por outra coisa.

- Claro, Mark? Tem ido ver a Lindsay?

- Sim, já sei! Quer perguntar pela Emma, não é? Eu a vejo toda vez que vou lá se é o que quer saber.

 O Senador sorriu consigo mesmo, o seu amigo o conhecia muito bem

- Ela perguntou por mim? – quis saber ansioso.

- Hum... Não... - o amigo lhe respondeu.

Ficou deveras desapontado com a resposta do amigo. Ele não parava de pensar nela e com a informação de Mark concluiu que a recíproca não deveria ser a mesma.

- Mas vocês têm se falado? – o amigo o indagou.

- Sim, por mensagens e algumas ligações – respondeu meio desanimado.

- Cara não esquenta! Lindsay disse que ela é meio fechada mesmo – Mark tentou animá-lo. Richard suspirou e se achou ridículo por parecer um adolescente apaixonado.

- Você ainda não falou para ela, não é? – o amigo perguntou.

- Não é algo que se deva falar através de mensagem ou pelo telefone. Eu estava justamente começando a entrar no assunto quando Abigail ligou noticiando o ocorrido com o meu pai. Mas na sexta eu volto e vamos sair novamente, então vou falar tudo a ela – explicou auspicioso.

Quando Um Homem Ama Uma Mulher - JFB BAUEROnde as histórias ganham vida. Descobre agora