Depois da Tempestade

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Desculpem a demora pessoas lindas, eu poderia dizer que foi um bloqueio criativo ou que estou com problemas, mas a realidade foi que eu tinha temporadas das minhas séries para maratonear... Bom, mas prometo que vou regularizar as postagens. Agora, boa leitura.
***

Naquela noite, voltei para casa com a cabeça um pouco mais fria, porém ainda inconformado com a minha vida. Na melhor das hipóteses teria de voltar pro Canadá e poderia ver a Emma nos fins de semana. Eu odiava a ideia de ter que deixar toda a família maluca que eu havia conquistado por aqui, e nisso incluo Sam e Miguel, mesmo Sam sendo um "fura-olho" e Miguel uma cruza de Osama Bin Laden com Pikachu, (porque convenhamos o muleque tem seu carisma), sentia eles mais próximos de mim do que muitos parentes que conheci desde que nasci e com certeza, sentiria muito a falta deles.

Pela manhã, acordei cedo e liguei para minha mãe, que não atendeu. Decidi ir até o abrigo para ver se ela já havia pego a Emma, tomei um gole de café e recheei uma mala com as coisas da Emma. Quando estava prestes a sair, Lacey me aguardava na porta do apartamento, com um olhar perdido, brincando com uma chave.

- Lacey - chamo sua atençao.

- Tem um minuto? - Ela questiona e eu abro espaço para ela adentrar a sala.

- Achei que tivesse querendo me matar.

- Eu queria, mas aí eu fui para casa e me senti uma imbecil por estar estar zangada com um cara que tá preocupado com a garota que vai ter um filho dele. Eu aceitei isso, só que não imaginava que seria tão difícil - ela fala e eu me aproximo a enredando em um abraço.

- Eu entendo e você não merecia estar passando por isso e... Lacey... quando a Carolina se foi, achei que eu nunca mais ia amar outra pessoa e você apareceu e foi tudo tão rápido e intenso, eu não queria ter tanta bagagem, nao queria te trazer tantos problemas. Eu sei o quanto te amo, mas talvez o Joseph tenha razão, isso não tem como dar certo.

- Ta terminando comigo? - Ela fala arqueando uma sobrancelha.

- Eu sei que você odeia frio... e retirei a apelação da guarda, eu não aguentava mais ver a Emma naquele lugar. Minha mae vai levar ela pro Canadá e eu também vou, assim que resolver todas as questões desse apartamento, o carro... - falo e ela se senta no sofá tentando segurar as lágrimas, sento ao lado dela e pouso a minha mão sobre a dela.

- Me desculpa, mas eu não posso perder a Emma e não aguento mais ver ela sofrendo naquele lugar. E se isso significa ter que entregá- la para minha mãe e voltar a deixar que mande na minha vida, eu vou ter que fazer isso. A Carol sempre disse depois que soube da gravidez, que nada mais era sobre a gente e ela tinha razão, eu sou meio idiota e egoista, mas finLmente eu entendi isso - desabafo e ela se aproxima retirando uma mecha de cabelo rebelde sobre meus olhos.

- Você é um cara legal Noah, não deixa te convencerem do contrário. A Emma e esse bebê, eles tem muita sorte - ela diz e me da um beijo na testa - A gente se vê por ai - fala limpando o canto do olho com a manga do casaco de inverno que usava.

- É, a gente tem o mesmo pai. Vamos nos esbarrar por ai.

- É vamos, bom eu tenho que ir. Boa sorte e eu vou sentir muito a sua falta e da viking também - diz se levantando e eu a acompanho até a porta. Nos abraçamos demoradamente e nos despedimos com um beijo.

Depois que ela sai, fico um tempo no sofá pensando em todos os momentos do nosso rápido romance, Lacey era totalmente diferente da Carol, mas para mim era tão perfeita quanto. Tento não chorar, afinal, no fundo eu sentia que era o melhor para a Lacey, ela era uma garota livre, cheia de vida não merecia todo o drama que eu trazia na minha bagagem, jamais me perdoaria se eu e meus problemas viessem a apagar o brilho dela. Quando volto a porta para retomar meu dia, ao abrí-la dou de cara com minha mãe, que tem Emma nos braços e uma bolsa de bebê. Minha pequena abre um sorriso e estende os bracinhos na minha direção.

Minha vida em pequenas Escalas  [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora