I Don't Even Know Her Name

Start bij het begin
                                    

Assim que viu isso, Ellie, que já tinha percebido meu interesse e estava deliberadamente me embriagando, fez um escândalo.

_ Agora você vai lá falar com este cara. Agora! - ela me sacudiu os pelos braços que estavam colados ao lado do corpo.

_ Você quer que eu faça ele parar de cantar?

_ Eu não sei o que você vai fazer. Mas você vai fazer alguma coisa.

_ Eu posso só esperar o set acabar e, enfim, ver se ele vem aqui. - encolhi os ombros.

Ellie virou os olhos.

_ Não somos o tipo de mulher que espera homens, Layla!

Eu ri. Eu não parava de rir. Quando voltei a olhar para o palco, o menino lindo ria também. Que vergonha.

_ E se eu pedir uma música?

_ Pronto! Tá vendo? Nem foi tão difícil. Mas você faça o favor de ser uma boa entrega de papelzinho!

Peguei um guardanapo, pedi uma caneta emprestada ao barmen e escrevi "Layla". Virei o restante da cerveja que tinha na garrafa e andei em direção ao palco. Passando por Ellie, ganhei um tapa na bunda de incentivo. Olhei para trás e ri de novo. Se o menino estivesse mesmo prestando atenção em mim, devia estar achando que eu era uma perfeita retardada. Esperei a música acabar e, mordendo o lábio de baixo, estiquei o braço com o papel na mão. Ele se inclinou para a frente e alcançou o guardanapo, tocando nos meus dedos. Faíscas. É possível que nossa interação tenha durado um segundo e meio, mas foi tempo suficiente para transformar minhas pernas em gelatina e eu poder ver que ele tinha olhos muito, muito, azuis. Sorri acanhada e voltei para junto de Ellie tentando não correr como uma adolescente. Ela estava de braços cruzados, o que só podia significar que eu tinha feito tudo errado.

_ Eu devia ter cronometrado, Layla. Pra fazer isso, podíamos ter simplesmente jogado uma bola de papel na cabeça dele! - ela abriu os braços.

Me senti envergonhada. Eu era absolutamente terrível na arte do flerte. Olhei séria para Ellie e pedi outra cerveja. _ Eu tentei, ok?

Ela sacudiu a cabeça, rindo em uma cara de reprovação, e brindou comigo. Dois minutos depois, minha escolha começou a tocar.

_ Ha! Viu? Minha música! - apontei o palco para Ellie, como uma criança que tinha ganhado uma aposta.

O menino acenou para mim com a cabeça e começou os acordes da versão acústica da canção de Eric Clapton. Ele era acompanhado por um cara cheio de dreads no outro violão e um menino magro e branquelo de óculos que poderia muito bem ser confundido com um programador digital na percussão.

_ Você pediu "Layla"?

_ Pedi. Achei que podia conter uma mensagem subliminar.

Ellie riu. _ Você é louca! Mas parece ter funcionado. Ele não para de olhar.

Ele não parava mesmo. Em pouco tempo, eu estava me sentindo quase despida pelos olhares e um tanto arrependida. Assim que a música acabou, corri para o banheiro. Aquela paquera toda tinha me esgotado. E ele era definitivamente muita areia para o meu caminhão. E eu ia fazer alguma bobagem eventualmente. Então, era melhor ir embora mesmo. Voltei para Ellie e falei exatamente isso: que estava indo. Surpreendentemente, ela concordou. Estava achando que pegaria uma gripe e queria dormir. Nos movimentamos para sair, e ouvi o garoto chamando um intervalo. Quando olhei para o palco, dois segundos depois, ele não estava mais lá. Suspirei. Queria vê-lo mais uma vez. Não tive tempo de lamentar, pois na verdade ele não estava no palco, porque estava bem atrás de mim, pegando levemente a minha mão. Virei assustada. Ele sorria contido. Sexy como o diabo.

_ Você já vai?

Eu estava apoplética. Olhei rapidamente para Ellie, cujos olhos me imploravam para não estragar aquilo. _Na verdade, sim.

_ Gostou da música?

_ Ah, sim! Obrigada! Adorei!

_ É sua versão preferida, a acústica?

_ Para ser sincera, não. - senti os olhos de Ellie me rasgarem.

Ele pareceu levemente decepcionado, mas riu de leve. _ Nem a minha. Desculpa, qual seu nome?

_ Layla.

Um ponto de interrogação gigante surgiu naquela cara linda e eu precisava me controlar para não parecer ridícula na frente dele, mas ele era muito bonito.

_ Você...? É sua música preferida? - ele moveu os indicadores no ar, como se estivesse tentando estabelecer uma conexão para concluir o raciocínio.

Eu dei risada, eu só era maluca mesmo. _ Não. Quer dizer, eu gosto. Muito. É uma boa música que leva meu nome, mas... Tem outras que eu gosto mais.

Ele franzia a testa de leve, prestando bastante atenção. E sendo lindo. Eu queria bater na minha própria cabeça para que ela voltasse a funcionar. Tenho certeza de que dei a impressão de estar incomodada.

_ Adoraria conversar com você sobre isso. Outro dia, claro. Não vou te prender mais.

Eu não sabia se queria que ele me prendesse, com algemas, na cama dele, ou se realmente queria sair correndo em pânico. Agradeci de novo a música, acenei um adeus. E saí andando ao lado de Ellie. Ela mal tinha começado a ladainha de como eu estava sendo um péssimo exemplar de mulher forte, independente e decidida, quando, novamente, ele estava atrás de mim. _ Ei, Layla!

Me virei e desejei do fundo do meu útero que ele me beijasse naquela hora. O que era absolutamente impossível, então, eu sorri para o meu próprio pensamento e ele sorriu em reflexo.

_ Vamos tocar de novo na semana que vem. Você não quer vir?

Se eu queria passar nervoso com a beleza dele novamente? Que pergunta.

_ Sim, claro! Obrigada pelo convite.

_ Ótimo! Te vejo então! - ele pareceu genuinamente contente.

Quando saiu meio correndo _para voltar para o palco ou encher a cara ou pegar outra menina, vai saber_, lembrei que não sabia nem o nome dele.

_ Ei! E o seu nome? - falei bem mais alto do que deveria.

_ Taylor!

Taylor. O menino mais lindo da face da Terra tinha um nome.

_ Até semana que vem. - ele piscou. De novo.

A Tempo [completa]Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu