Capítulo Três - O ciúme do guerreiro

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Queridos e Queridas! 

Com muita alegria, chegamos ao Capítulo 3!

Como será a reação de javier ao ser informado sobre onde nossa enfermeira passou a noite?

Tenham o prazer de descobrir!!!!!

Beijos  e 

Deliciosa Leitura! 

Nina Reis

                                                                               ********

Com os dentes cerrados, Javier observava Ângela, que concentrada, massageava seus membros inferiores. Passava por esse tormento duas vezes ao dia, todo maldito dia. Exceto naquele dia e essa era causa para seu humor estar ainda pior que nos dias anteriores.

Quando acordou aquela manhã e se deu conta da ausência dela, ficara desorientado por uns instantes. Desde que chegaram a casa, sua rotina sempre começava com ela entrando em seu quarto, cheia de energia. O cumprimentava com um bom dia entusiasmado, enquanto abria as cortinas e ignorava, de forma eficaz, sua ira por ter sua privacidade invadida pelo furacão chamado Ângela.

Naquele dia fora diferente. Estava acordado há um bom tempo e com a bexiga prestes a explodir e nada da Ana Neri aparecer. Cansado de esperar, decidiu tomar as rédeas da situação.

Kashim o flagrou tentando descer sozinho da cama para a cadeira de rodas. Que usara pela primeira vez no dia anterior, contra a vontade da enfermeira. O árabe se aproximou silencioso. Nos olhos trazia um brilho divertido, não havia pena ou recriminação...

A camaradagem e compreensão mudas foram o que tornaram suportável, a exposição de sua intimidade.

Nina lhe trouxera o café da manhã. Para sua surpresa, mediu sua pressão e cuidou para que tomasse os medicamentos na hora correta, enquanto bem humorada contava a nova rotina da casa, que no momento contava com quatro mulheres.

Literalmente boquiaberto a viu aplicar a injeção de antibiótico. Diante de sua expressão de perplexidade, ela sorriu e disse com simplicidade, que uma freira tinha de ser uma mulher multitarefa, para dar conta das comunidades carentes as quais serviam.

Ainda estava estupefato com a esposa de seu amigo e chefe quando Kashim retornou e avisou que Caetano a estava procurando. Após a saída de Nina, sem constrangê-lo com perguntas sobre o que necessitava, o árabe o auxiliou mais uma vez.  

Estava lendo um livro, que alguém havia deixado ao lado de sua cabeceira, quando Alicia entrou trazendo seu almoço. A mulher tinha um sorriso hesitante nos lábios, como se temesse que ele jogasse a comida em cima dela. 

Será que ela não havia percebido que Bo arrancaria os membros de quem ousasse ofendê-la? – pensou contrariado.

Ao vê-la se sentar com a elegância natural na poltrona próxima à janela, decidida a lhe fazer companhia durante a refeição, não conseguiu reprimir o sentimento de admiração. A frágil e delicada esposa de Bourregard mostrava a todos que tinha coragem para entrar na toca do leão ferido. 

Homem, não era a toa que o francês era louco por ela. Pensou.

Poucos minutos depois ela corajosamente tomou a iniciativa de diálogo e apesar de suas respostas monossilábicas, teve o mais próximo do que poderia considerar uma conversa há dias.

Falaram sobre vinhos e vinhedos.

Já havia terminado o almoço há algum tempo quando Kashim mais uma vez cruzou a porta de seu quarto. Não ficou surpreso ao ouvi-lo anunciar que Bourregard estava esperando por ela no quarto deles. Apesar do tom indiferente do árabe, o rosto de Alicia tinha uma coloração rubra ao deixar o aposento.

DEGUSTAÇÃO - Em Teus Braços - Série Santuário Livro 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora