Ho! Hey! Feliz dezesseis.

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Mozart, Beethoven, a voz de mamãe, o som do meu violão e a gargalhada de Florence são os melhores sons que já ouvi na vida. Eles me aquecem por dentro, me transformam em brasa.

— Eu vou descer. — ela se levanta. — Estou faminta e não quero te ver sem roupa.

— Tem certeza? Sou irresistível. — jogo charme.

Na verdade, tento jogar charme.

— Irresistível? — ela nega com a cabeça. — Irresistível é o capitão do time de lacrosse. Você é, no mínimo, ajeitadinho.

Ouch!

Ótimo, agora é a hora em que eu lhe lanço mais um de meus sorrisos forçados e digo algo engraçado, apenas para evitar que ela perceba o quanto suas palavras me despedaçam.

— O capitão do time de lacrosse não comprou um presente de aniversário. — sorriso forçado: confere, penso.

— E é por isso que ele é o garoto que eu quero pegar, e você é o meu melhor amigo. — antes de partir, Florence despeja um beijo estalado em minha bochecha. — Não demore.

— O que pretendem fazer hoje? — papai abandona o jornal e fixa os olhos em mim

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— O que pretendem fazer hoje? — papai abandona o jornal e fixa os olhos em mim. — Vai dormir aqui, Flores? — ele desvia o olhar para Florence.

— Eu não sei. — ela enfia uma torrada na boca. — Apenas se Vincent não tiver outros planos.

— Que outros planos? — mamãe se engasga com a própria risada. — Você é o plano principal dele, querida.

— Mãe!

— Estou mentindo? — me afundo na cadeira. — Eu nunca minto. — ela conclui, orgulhosa.

— Você tem outros planos, Vince? — seus olhos castanhos me encaram, arrancando de mim todos os pensamentos coerentes que eu tinha até então.

— Prometi à Noora que iria ao pub da família dela hoje.

— Mas você na bebe. — os meus pais avaliam. — Ou bebe?

— Não, gente, eu não bebo, mas isso não significa que eu não possa visitar uma amiga, significa?

— E por que não a visita na casa dela? — meu pai questiona.

Eu odeio isso!
Ele sempre me olha de cima, como se eu fosse a parte errada dessa família.

— Porque os pais dela nunca estão em casa, eles vivem no pub, e eu acho que seria no mínimo estranho passar horas com Noora, na casa dela, sozinhos. — desconto meu desconforto na panqueca, destroçando toda ela. — Mais alguma pergunta?

— Não. — todos respondem, em uníssono, até mesmo Florence.

— Quer ir comigo? — ela nega.

— Se você fosse ficar em casa, poderíamos fazer maratona de The Big Bang Theory. Seria tipo uma festa do pijama. — Florence limpa os lábios com um guardanapo de tecido. — Mas como vai visitar Noora, acho que vou aceitar o convite de Doug.

Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).Onde as histórias ganham vida. Descobre agora