Capítulo- 09 - Sean

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Os olhos castanhos esverdeados me fitavam em confusão, e a boca ainda inchada pelos meus beijos se abriu várias vezes sem fazer som algum. Eu estava em pé, ao lado da cama, e devolvia-lhe atenção com os olhos frios.

Eu sabia que estava sendo rude com Allyson, mas a raiva e a frustração que me agitavam os nervos me compeliam a agir defensivamente. Eu estava muito puto. Muito confuso. Muito fissurado naquela mentirosa, para deixar algo tão sério passar despercebido.

Na verdade, eu não estava irritado, eu estava excitado pelo fato de ter deflorado aquela provocadora sem vergonha. Eu estava duramente me controlando para não arrancar o lençol sujo com seu sangue, e a possuir novamente, pelo resto da madrugada.

Mas eu estava ressabiado. Eu queria saber o que Allyson estava tramando. Porque agora nada me tirava da cabeça que ela havia me manipulado. Ela é dissimulada o bastante para isso.

Porra! Ela tinha fingindo uma atitude sensual sem experiência no assunto. Eu poderia esperar qualquer coisa dela.

Ela me confundia. Enlouquecia-me com seus jogos. E agora eu estava tão chocado com os novos fatos, que eu só conseguia ser rude. Grosseiro com ela. Pensei, analisando seu rosto corado e surpreso.

Qual seria sua intenção? Ela seria algum tipo de caça fortuna? Ou pior, alguma aliada de meus inimigos? Questionava-me. Eu não poderia deixar nenhuma possibilidade de fora. Eu sou um homem marcado. Estava exposto a qualquer tipo de golpe. Eu precisava me precaver.

Mesmo sentindo que eu podia confiar em Allyson, eu estava em conflito. Ela seria capaz de fingir tão bem a preocupação e a ternura que ela teve ao cuidar de minha mãe? Voltei a analisar. Eu tinha certeza que não. Allyson havia sido realmente perfeita nos cuidados com mamãe.

Magnânima, gentil e doce. Deixou-me até com inveja da minha própria mãe pelos cuidados e atenções. Verdadeiramente foi de toda atenção com minha mãe. E isso me balançou. Mexeu demais comigo.

Igualmente ao fato da safada ser virgem. Porra! Eu não acreditava até agora. Virgem? Eu queria ouvir uma boa explicação da boca ardilosa. Eu queria ouvir principalmente o porquê de ela ter me escolhido para primeiro amante.

Eu estava insano com esse fato. Eu fui seu primeiro. E diabos! Eu havia gostado demais disso! Eu havia adorado sentir a sensação de romper seu hímen. De fazê-la minha! Sim! Minha. Só minha. E essa história de ser somente uma “transa consensual” não tinha mais validade para mim.

Eu a queria, e a teria. Mesmo ela não aceitando o fato. Ela já me pertencia! Eu estava tão... Ligado ao fato de ter sido o seu primeiro amante que tudo mais me era supérfluo. Ela era minha!

A voz de Allyson interrompeu o fluxo dos meus devaneios.

–Porque eu sou uma fraude? – indagou com voz confusa.

–Você se comporta como uma leviana, e na verdade você... É virgem? Explique-me como isso não soa como uma farsa! – exigi duro.

– Primeiro lugar, eu não sou leviana, segundo, eu acho que a opção de entregar a minha virgindade, algo pessoal demais para lhe dizer, então não lhe devo nenhuma satisfação.

–Você acredita mesmo nisso? – indaguei cruzando meus braços. Fitando-a diretamente nos olhos.

–Sim! –afirmou firme, sentando-se na cama. Os lençóis sujos mal escondiam sua nudez gloriosa.

Tratei de não olhar para seus seios fartos mal cobertos pelo tecido rasgado, trabalho realizado pelas unhas femininas. Afastei também meus olhos das coxas roliças que também estavam expostas. Eu não queria me distrair com seus atributos.

O Executivo Tatuado(LIVRO NÃO COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora