minnie narrando 💕
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Hyungwon havia dito que o julgamento era em uma hora, e fiz questão de me arrumar o mais rápido possível. Acordei a casa inteira com meus gritos e coloquei uma música da Taylor Swift, que ecoou e faltou tremer as paredes.
Changkyun levantou me xingando, Kihyun me deu a voadora de sempre e Jooheon não levantou, apenas resmungou alto.
Voltei para o quarto e dei de cara com um Jooheon com cabelo bagunçado, sentado na cama e fitando a parede com os outros semicerrados. Deus, que pecado.
— Bom dia, Honey — disse e sorri. Ele jogou seu corpo contra o colchão e eu me aproximei dele. Me sentei ao seu lado e tirei a franja de seus olhos — hoje é o julgamento. Por favor, se arrume rápido.
Ele imediatamente se sentou na cama. Tocou minha bochecha e me deu um selinho rápido.
— Vai dar tudo certo, você vai ver.
Apenas assenti. Eu queria muito que Kihyun ficasse livre do pai dele, não aguentava o ver sofrer. E Changkyun certamente não queria que ele se machucasse.
Corri para o banheiro, tomei um banho rápido, troquei de roupa e nem passei maquiagem. O que eu não faço por Kihyun?
[...]
Eu me sentei ao lado de Jooheon, e Hyungwon se sentou atrás de nós, acompanhado de Hoseok. Pelo visto, eles devem ter voltado. Um rabugento a menos.
Changkyun estava apreensivo, e ver Kihyun no julgamento apertou tanto o meu quanto o coração dele.
Como eu não sei nada da lei na Coréia, fiquei apenas encarando o pai de Kihyun, que estava sentado ao de um advogado. Queria explodir aquela cabeça dele.
Hyungwon já havia trabalhado com um ou dois advogados, sem contar que a família era cheia de promotores e juízes. Então, sempre que a palavra passava do promotor para o advogado, ele nos explicava a situação.
Meia hora de julgamento se passou e eu já estava ficando inquieto. Era a hora da decisão do juiz. Apertei a mão e Jooheon, que me olhou e bagunçou meu cabelo.
— Vai dar certo — Jooheon sussurrou.
— O réu é culpado — eu gritei. Sim, eu gritei no meio de um tribunal. Se eu me importei? Claro que não. O juiz limpou a garganta e bateu aquele martelo contra a madeira — declaro dez anos de prisão.
O pai de Kihyun começou a gritar e ameaçou avançar no filho. Changkyun foi mais rápido que eu e logo estava ao lado dele, o abraçando pela cintura. Eu estava quase pedindo ao juiz aquele martelo emprestado para matar o senhor Yoo.
Olhei para Jooheon, que sorria.
— Eu falei que daria certo — ele se levantou e eu o abracei.
Agora restava saber com quem Kihyun ficaria. E, apesar de odiar Changkyun, eu espero que Kihyun fique com ele.
Kihyun andou até nós e me deu um abraço forte.
— A gente vai te proteger, Ki — murmurei e o senti soluçar — se você chorar, eu fico triste — ele se afastou de mim e limpei suas lágrimas. Abriu um sorriso sincero em seguida e acabei em um misto de choro com sorriso e ele me abraçou dessa vez.
— Você é um idiota, Minnie — ele disse e afagou meu cabelo.
— Com quem você vai ficar, Kihyun? — Jooheon indagou.
— Nenhum parente meu ficou ciente do julgamento — disse ao se afastar de mim. A família do Kihyun era tão desestruturada assim? — tanto porque eu não deixei, quanto porque eles não se importam — Changkyun o puxou pela cintura e beijou o topo da cabeça dele.
— Resumindo: Kihyun vai morar comigo — Kihyun arregalou os olhos e observou Changkyun por alguns segundos e sorriu.
Eu estava feliz. Kihyun estava feliz. Todo mundo estava feliz. O que podia dar errado?
[...]
Tudo podia dar errado. Eu estava atrasado para gravar o dorama, Jung estava na porta me esperando e eu acabei indo sem tomar café. Dei apenas um beijo em Jooheon e saí correndo.
— Jesus amado, eu vou perder o cabaço hoje — disse quando cheguei perto do carro. Jung acelerou o carro e em quinze minutos já estávamos na frente do set.
Eu corri logo para o camarim e troquei de roupa. Acenei para o diretor e nos preparávamos para gravar as últimas cenas. O dorama era pequeno, coisa de seis ou sete episódios.
E eu já não aguentava mais aquele inferno, quanto mais rápido acabasse, melhor.
Hoseok estava lindo como nunca, mas havia algo diferente nele, ele estava feliz. Não que não estivesse nos outros dias, mas dessa vez parecia em excesso. Hyungwon devia estar fazendo bem para ele. Acompanhei o olhar de Hoseok e encontrei seu foco: meu assistente. Acenei para Hyungwon, que enrubesceu e eu ri.
— Vamos filmar em cinco minutos! — o diretor exclamou. Eu suspirei e me sentei na cadeira do cenário.
Só queria ir para casa e receber beijos do meu mel.
[...]
Quando eu cheguei na casa de Changkyun, Kihyun cozinhava, a bicha enrustida bebia vinho e Jooheon estava jogando.
— Cheguei, seus veados! — exclamei e recebi um dedo do meio de Changkyun, uma risada de Kihyun e uma ignorada de Jooheon. Ele estava concentrado demais no jogo. Aproximei-me dele e o assustei. Jooheon deu um grito e eu comecei a rir. Me puxou pelo pulso e eu caí no sofá, ainda rindo.
— Eu vou te matar, Minhyuk — o mostrei a língua e me sentei direito. Jooheon se aproximou de mim e me deu um selar demorado, mas que foi suficiente para me fazer arrepiar e querer mais — estava com saudades — sorri e o beijei de novo. Sem hesitar, subi em seu colo e ele aprofundou o beijo ainda mais.
Eu experimentava sensações diferentes quando Jooheon me tocava, e eu amava isso.
— Arrumem um motel! — Changkyun gritou. O mostrei o dedo do meio enquanto ainda beijava Jooheon.
O ar faltou e eu me afastei um pouco de Jooheon: aqueles lábios carnudos dele me faziam ir para o mal caminho, não sei como consegui sobreviver tanto tempo longe dele.
O dei um selinho rápido e me levantei, correndo até a cozinha.
— Ki! Eu preciso de um vídeo para o meu canal — sorri.
— E o que eu tenho a ver com isso? — bufei.
— Você prometeu que me deixaria fazer um tutorial de maquiagem.
— Quê? — ele engasgou com o ar e me olhou. Fiz um bico com os lábios e ele rolou os olhos — depois de comermos, então.
Saltitei e senti a mão de Jooheon em minha cintura e estremeci quando ouvi sua voz rouca ao pé do meu ouvido.
— Vamos para sua casa. Eu não aguento mais — meu coração parou e eu o olhei.
Ele queria aquilo tanto quanto eu. E quem era eu para recusar?
— Pode ser amanhã, Ki? — ele arqueou uma das sobrancelhas — vou para casa agora — puxei Jooheon pela mão e com a outra mão peguei as chaves do carro de Changkyun — te devolvo o carro amanhã, bicha enrustida!
— Onde você vai? — Changkyun exclamou. E, da porta, eu gritei de volta:
— Arrumar um motel!
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SPOTLIGHT 「 Joohyuk 」
FanfictionOnde Minhyuk é um youtuber famoso, e gosta de Jooheon. Jooheon, por outro lado, o odeia. "Eu não sabia como classificar aquela situação: catástrofe, tragédia ou Lee Minhyuk. Depois de apenas alguns meses fora da Coréia, resolvi voltar. Tanto pela im...
