Capitulo XIII-Filhos da maldade

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    -♪Onde você se meteu, principezinho♪?Eu preciso te marcar e matar sua mamãe! –cantarola Alma

  O jovem Leuch estremecia abraçado à sua mãe, ambos escondidos numa sala secreta atrás de uma estante.

  -Hmmm... Onde vocês estão? Oh! Atrás da estante? Faz sentido! Obrigada papai!

  Essa frase fez o coração deles parar. Mas pera, como chegamos à isso?! Bom...

Horário: 20:20-Castelo de Malachita, Sakura Lunar

  Lá estava a família real jantando em uma longa mesa com inúmeras cadeiras, porém, apenas três integrantes no jantar. A sala era ornamentada em ouro, com estatuas e pinturas de anjos, e é claro, várias flores feitas em quarto verde e rosa.

  Os empregados estavam dispostos ao redor da mesa, todos em roupas belíssimas e monocromáticas, mas não chamavam mais atenção do que a família. A rainha Selena tinha azuis olhos vazios, uma pele pálida e cabelos longos, com uma franja no direito, num lilás muito mais fraco do que o do filho, sem falar de sua cara de morta. Ela usava um vestido longo com costura semelhante à de um vestido de lolita. O rei, Marte, tinha cara de poucos amigos. Era idêntico à seu filho, tirando que seus cabelos eram mais curtos, lambidos e de cor preta, além da queimadura no olho direito. Usava a roupa mais cara de seu armário, um belo terno de gala. Acho que não preciso apresentar o Leuch (Caso precise, volte para o final do capitulo seis, beleza?), hoje ele usava uma roupa que dava a impressão que ele era uma miniatura de seu pai.

  -Já descobriram que mexeu nas suas rosas de bismuto, mamãe? –pergunta Leuch, ajeitando os óculos no rosto.

  Selena mexe a cabeça de maneira que queria dizer não.

  -Não se preocupe com algo mínimo, meu filho. Temos mais desses em outras partes do país! Preocupe--se em continuar com aquela garota filha da deusa e em ter uma boa relação com os outros filhos de nobreza. Vai ser importante você ter boa relação com eles, acredite em mim. –comenta Marte

  -Claro pai. A Miss tá praticamente na minha mão! E o Oda é o meu melhor amigo. Mas pra que manter relação com aquela idiota da Erika? Você mesmo disse que ela é dispensável. –Os olhinhos maliciosos e curiosos de Leuch se puseram, finalmente, em sua comida.

  -Dispensável até certo ponto. Eu vi com meus próprios olhos o poder daquela garota. Sem contar que ela tem uma grande terra em suas mãos. Acho que você é inteligente o suficiente para entender. –Marte dá um sorriso malicioso.

  -Ha! Entendido! Novo objetivo: Conquistar a princesa de gelo e sua parceira, a ratinha de laboratório elétrica! –Leuch caí na gargalhada.

  -Leuch. Você vai engasgar. –comenta Selena, com sua voz fraca e distante.

  -Concordo! Você é bem mal educado!

  E então, chega o assassino, literalmente pela porta da frente. Todos no salão ficam chocados. Como que ele... ela... SEI LÁ! COMO AQUILO ENTROU?!

  -Ah! Entrei pelo telhado, mexi nas tubulações, que precisam de uma boa reforma por sinal, escutei a conversa de vocês, atordoei uns guardas e agora estou aqui! Alguma pergunta? –Alma não deixou que as perguntas fossem feitas. Ele começou a atacar Marte e iniciou a confusão.

  Quase automaticamente, Selena pega Leuch nos braços e sai correndo para protegê-lo. O lugar era uma verdadeira zona de pés correndo desesperados e sem saber o que fazer. Marte finalmente consegue tirar Alma de cima de si, ele encosta a mão em uma planta que havia por ali e ela rapidamente ganha vida, se tornando um cipó agressivo que prende Alma de ponta cabeça.

  -Yey! Irei escutar o sangue correndo pela minha cabeça! –comenta Alma, come se aquilo não fosse nada demais.

  -O que você é? –questiona Marte, de maneira imponente.

  -O filho/filha da maldade. Achei que você reconhecesse seus semelhantes! –responde Alma de forma irreverente.

  Marte manda o cipó apertar ainda mais o corpo de Alma. Seu corpo fica ainda mais andrógeno.

  -Desculpe, mas eu falei a verdade. –Alma dá um sorriso carregado de veneno.

  -Quem te enviou, aberração?! Você ao menos tem noção do que se passa aqui?! –Marte dá um tapa na boca de Alma.

  Alma suspira entediadamente, vira vapor e depois volta ao seu corpo sólido, dizendo:

  -Acho que é você que não está entendendo. Deixe-me adivinhar: Sua abilitty te dá o poder de controlar plantas e sua magia as modifica pra plantas assassinas? Legal, legal. Mas não é o suficiente pra matar esse assassino aqui.

  -ESTÁ ME MENOSPREZAN-

  -Não. Você me menosprezou. –Alma enfia um dos dedos pontudos da manopla na cabeça de Marte, transpassando ela –O bom da minha Abilitty é que ela também transforma minhas roupas e minhas manoplas comigo. Opa, esqueci que você morreu. –Ele ri de sua gracinha.

  Alma observa os poucos rostos horrorizados na sala e, confiantemente, diz para eles:

  -Corram.

  E foi o que fizeram quando Alma deu seu primeiro passo pra fora da sala.

  -Ok. Vamos achar a rainha e marcar o cordeirinho dela. Acho que posso cantar minha música agora. –ele sugere a si mesmo.

Venham, venham, almas perdidas 

 Venham comigo dançar e cantar 

 Quando suas gargantas eu começar a cortar 

 Estarão bêbadas demais para gritar 

 Meu corpo corre terra, ar e oceano 

 Cheiro a enxofre e neônio 

 Meu hálito de morte te põe pra dormir 

 Minha sombra se altera em curvas discretas 

 Um homem? Uma mulher? Ninguém pode descrever! 

 Só escutaram um sussurro... E ele pegou você!

  E com a repetição dessa canção, chegamos à situação da rainha e do príncipe a qual descrevemos anteriormente. E... É. Eles estavam ferrados.

  -Mãe... O que vamos fazer? –Leuch sussurrou

  Selena não respondeu. Seus olhos estavam mais mortos que nunca.

  -ACHEI! –Alma encontrou os dois.

  Leuch congelou e sentiu o coração parar. Ele viu pequenos cristais de diamante surgirem nas costas de sua mãe. Ele a viu se por a sua frente antes que Alma pudesse por seus dedos nele. Onde os cristais de diamante estavam, Alma teve dificuldade em quebrar. A última palavra que escutou da boca dela, foi "Por favor...".

  -Que lindo. Pareceu até poético você não acha? –questiona Alma

  Leuch pulou encima de Alma. Ele não queria papinho com o assassino. E os dois saíram rolando e brigando até que Alma finalmente toma as rédeas da situação.

  -Que meigo! Quem olha acha que você é um menino de ouro! –ele comenta

  -Eu não sou como você! –retruca Leuch

  -Não? É obvio que é! Você é podre igual a mim! Você sabe muito bem disso! –comenta Alma

  Leuch engole seco.

  -Papai me contou o segredinho daquela sala! –o sorriso de Alma fica tão psicótico quanto o de sua parceira.

  Ele finalmente o marca. A mesma estrela com a qual marcou a princesa de Solstício.

  Missão cumprida, Alma apenas olha seu igual agoniando no chão e vai embora, indo para o local combinado. Está na hora de meter nossas heroínas nessa treta toda! Vocês estão prontos?


Nexo:Once Love...Onde as histórias ganham vida. Descobre agora