— Não — suspirei, admirando sua careta duvidosa adorável. Ele me deu mais um beijo e pegou uma toalha. — Banho?

— Banho — confirmou.

— Okay — eu disse, me arrastando para fora da cama e me apoiando nas muletas que havia recebido há três dias atrás.

— Jungkook… combinamos de começar a usar aos poucos. — me disse, vindo até mim e me ajudando.

— Eu não levando pra nada além de ir no banheiro, Jimin — bufei. — Eu acho que estou indo aos poucos sim…

Ele me olhou, com o cenho franzido e um biquinho nos lábios. — Quer que eu o ponha para esquiar numa montanha?

Eu nem o respondi, apenas confirmei mais uma vez que tem vezes que o Jimin parece um clone da minha mãe. Eu não sei como eles podem não se gostar, se na verdade são como irmãos gêmeos.

De qualquer forma, Jimin deixou eu caminhar “sozinho” até o banheiro, onde me ajudou a me despir e me pôs debaixo do chuveiro. — Senta na cadeira, Jungkook…

— Não — pedi. — Eu consigo ficar de pé.

— Não seja teimoso — falou. — Você vai ficar se segurando e eu vou ter que te lavar do mesmo jeito, mas com risco de você cair e se quebrar mais ainda. Quer que isso aconteça?

Oh Jesus!

Eu me sentei na maldita cadeira e ele pegou o sabonete, começando a me lavar, e enquanto isso eu lavei meu cabelo. — Ei!, pode deixar que eu lavo minha virilha… obrigado!

— Por que não deixa eu tocar aí? — riu fraco, esfregando meus ombros.

Porque eu ficaria duro.

— Você sabe muito bem — resmunguei, e ele beliscou minha orelha, murmurando um “pervertido”.

Sim, sou eu o pervertido.

Ao terminar ele me ajudou a me secar e me trocar, levando-me pra cama, onde voltei a deitar. E durante o resto do dia eu apenas cochilei e mirei as paredes do quarto. Aquilo era uma tortura.

A única parte boa é quando eu vejo Jimin pegar suas roupinhas e uma toalha, indo tomar seu banho, porque aí sei que suas tarefas acabaram e ele pode ficar comigo.

E foi exatamente assim, após ele terminar de secar seu cabelo, e passar creme no rosto, ele apagou as luzes de casa e veio até mim, se deitando ao meu lado e se aconchegante em meu corpo, dizendo “eu te amo” antes de adormecer.

É estranho como minha paz está justamente no meu inferno.

Eu acariciei seu cabelo macio, enquanto seu calor me deixava na temperatura certa, e suas mãos pareciam curar cada parte que tocavam, me provando que é dele que preciso para ficar bem.

Ah babe, você não devia ter ido embora.

Na manhã seguinte, Jimin deixou eu andar pelo quarto, e eu tentei disfarçar que meu corpo ainda doía, o que foi falho, já que depois de 10 minutos ele me mandou pra cama novamente.

— Sem mais, Jungkook — resmungou, arrumando os travesseiros atrás de mim. — Se alguma coisa acontecer com você sua mãe me deixa sem namorado, sem casa, e sem cabelo. Quer que eu fique sem cabelo?

— Ficaria fofo — sorri.

— Eu iria parecer um pinto — respondeu. — Gigante.

— Eu sou viado mesmo — dei de ombros, e ele me deu um tapa em minha coxa.

— Eu falo sério… não é nem por causa da sua mãe. — suspirou.

— É por mim? — o olhei, emocionado em meu coração.

Sunboy {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora