Capítulo 7 - Correntes

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— O que há de errado com vocês? — John perguntou intrigado.


— Não devia ter feito isso, agora eles virão pra cá... — respondeu a menina.


John ficara em silêncio e foi para o fundo da cela, quando avistou uma luz amarelada, que se aproximava e a voz de um homem ecoou bem alta.


— Conhecem as regras vira-latas, o responsável pelo barulho inconveniente deverá se entregar, senão todos serão castigados! — John avistara o homem um pouco acima do peso e de cabelos castanhos. Em seguida, uma voz feminina também ecoou pelo ambiente.


— Dia de sorte deles Edgar, eu já sei quem foi... — a garota ruiva aparecera novamente e parara na frente da cela de John. — Este aqui! O novato... Aproveitando o castigo, vim aqui interrogá-lo. — ela lançara um olhar malicioso para o lobo. John nada disse e só os ameaçava mostrando os caninos. Ela então ordenou: — Pendurem-no!


Três homens entraram na cela com bastões de choque, o cercando. John sabia que não eram humanos, por isso teria que tomar cuidado. Perambulava de um lado para o outro no fundo da cela, com os olhos atentos nos estranhos. Quando o primeiro homem avançou com sua velocidade sobre-humana, John fingiu ser um alvo fácil, mas quando fora receber a descarga elétrica, segurou a mão do homem firmemente e o lançou contra o outro. Desviou do terceiro homem, que surgira por cima e correu em direção a porta, que estava aberta. Quando colocou as patas para fora, foi surpreendido por uma descarga elétrica no pescoço. A vampira havia se escondido no teto rochoso, com várias vigas de metal enferrujado, no qual ela tinha se pendurado. Sentiu a descarga pelo corpo e tentou se levantar, mas os outros homens se aproximaram rapidamente, aproveitando que ele caíra no chão e direcionaram as armas de choque, o fazendo gritar até ficar inconsciente. Como o ambiente era uma penumbra, os choques pareciam fogos de artifícios, num intervalo muito curto de um para o outro.


— Pendurem-no! — repetiu a mulher.


Os homens rapidamente o arrastaram para dentro da cela e soltaram os ferros, que ficavam presos às armações das correntes.



John sentia seus braços dormentes, tentou movê-los enquanto recobrava a consciência, mas barulhos estridentes vieram a cada movimento. Tentou arrancar as correntes por várias vezes, até que uma voz o interrompeu.


— Já tentamos isso, não conseguirá rompê-las... — afirmou o homem da cela à frente. — Só Deus sabe do que estas correntes são feitas, se é que ele existe.


— Droga! — John rosnou.


— Você tá bem? — perguntou a menina receosa, aproximando-se novamente da cela de John.


— Tirando a parte de eu estar acorrentado, já tive dias melhores...


Barulhos de passos se aproximavam das celas novamente e todos ficaram em silêncio. A vampira parara na frente da cela de John, mas desta vez estava sozinha e vestia um jaleco branco.


— Você de novo? — John perguntou em tom de deboche.


BloodLycan - A Saga dos irmãos Mool - Parte 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora