Capitulo 29

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Elisabeth fechou a porta do banheiro,  procurando Carnegie com o olhar. O general Clarke deu permissão para que os agentes que participaram da missão pudesse tomar um banho antes de comparecer a reunião para o relatório, e Benn se dispôs a leva-la. Portanto, ela não teria muito tempo para se arrumar, já que o agente fez questão de esperar para que juntos, seguissem para a OSCU. O motivo? Bom, ela certamente não sabia, mas isso não a impedia de tentar descobrir a razão da simpatia repentina!
     Rumou em direção ao seu quarto, planejando trocar de roupa e abastecer suas armas de munições o mais rápido possível, afinal seu banho demorara o suficiente para que Benn decidisse subir, e ela com certeza não queria que algo assim acontecesse. Assim que chegou ao cômodo, quase que instantaneamente sentiu a presença de Carnegie atrás de si sem ao menos precisar olhar.

-A missão foi um sucesso? - indaga a russa.

-Não totalmente...resgatamos alguns cientistas, mas a outra parte deles, e os soldados, continuam desaparecidos.

-Alguma pista?

Lizzie abana a cabeça, demonstrando o quanto estavam perdidos.

-Talvez eles não estejam nos Estados Unidos.

-Como assim? Você tem uma teoria?

-Está mais para uma hipótese...

-Vou ter que implorar pra você dizer? - diz sarcástica, enquanto vestia suas peças.

-Como já disse antes, isso seria interessante... - diz, dando de ombros. - Mas como temos pouco tempo: já pensou que talvez exista outra base, em outro lugar?

-O que te faz pensar assim?

-Becker, você esta pensando como uma agente, não como uma criminosa!

-É meio difícil quando não se é uma! - diz sarcástica.

-Todo mundo tem seu lado mal! Você apenas não aprendeu a usar!Sabe o que eu faria? Usaria os Estados Unidos como base para os cientistas, a França para os soldados, e o Reino Único para produção de armamento!

-E por que?

-Use a lógica Elisabeth! - fala, quase que implorando dramaticamente. -  Nem tudo tem que ser um golpe de mestre! às vezes as coisas estão bem na sua frente!

-Os Estados Unidos porque temos cientistas, certo? - indaga. - O Reino Unido porque produzem grande escala de armas, mas e a França? Todos os países tem soldados!

-Os Franceses são treinados desde a adolescência, eles desenvolvem um sentimento de Patriotismo, que sendo bem aplicado, podem oferecer soldados fiéis... -Fala, fazendo um sinal de "Ok" com a mão direita para dizer que gostara da roupa que Lizzie escolhera.

-Então está tudo ligado?

-Ainda tem dúvidas?

-Isso parece coisa de filme. - diz Becker, torcendo o nariz.

-Mas é um fato a ser considerado.

-Não, isso é meio maluco! Por que fazer tudo isso? Pra quê tanto trabalho?!

Lizzie bufou, tentando não demonstrar a frustação, e abriu o fundo falso da gaveta ao sentir a falta da sua arma dourada atrás do criado-mudo.

-Carnegie, quando voltar, quero minha arma de volta ao lugar...

-Não gosto de andar desarmada. - resmunga a morena.

-E não gosto que roubem os meus brinquedos. Se quiser andar armada, pegue uma faca do meu estoque atrás da estante.

-Não gostei delas.

Becker revira os olhos, e termina de esconder a arma no vestido antes de descer as escadas até o carro de Benn, que apesar de disfarçar, transmitia uma leve impaciência no olhar quando a viu entrar no veículo.

Agent BeckerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora