Escravo libertador

Jantar (Parte 2)

Com a chegada da filha do Sr.Gonçalves, Catarina, deram início ao jantar e começaram a falar sobre o casamento, sendo que o noivo não parecia muito interessado no assunto, estava distante e a cada vez que eu passava ele me olhava com um olhar de caçador, aquilo continuava a me incomodar

Mas o que eu poderia fazer?!

Catarina percebeu os olhares do noivo sobre mim e pousava sobre mim um olhar mortal, que dava medo em qualquer um, tentei não me importar com isso, apesar desse gesto ter sido notado pelo pai desta:

-Algum problema minha filha?

-Não!!Está tudo bem papai!!_respondeu tentando desviar sua atenção

Estava servindo o vinho quando senti alguém colocar o pé por entre as cadeiras me fazendo tropeçar, derramar a bebida em cima do noivo

-OLHA O QUE TU FEZ, SEU ANIMAL IGNORANTE_ gritou D.Ana, a ponto de se levantar e quase avançar em cima de mim, me fazendo dar um pequeno recuo

-Tinha que ser esse ser IGNÓBIL para estragar a noite_ gritou Catarina furiosa

-Senhoras mantenham a calma, não foi nada, eu limpo_disse calmamente o Filho do Conde, me defendendo do ataque das patroas

-Eu o ajudo a se lavar senhor_ falei envergonhada

-Obrigada_disse olhando gentilmente para meus olhos, me fazendo corar

-É por ali senhor_ disse sinalizando o caminho

Saímos da sala de jantar e o levei para se lavar na cozinha de barro nos fundos da casa, tentei limpar a mancha de sua roupa, mas este não parava de me olhar e não conteve suas palavras para si e as colocou pra fora:

-Eu sei que não foi por mal, que Catarina lhe fez tropeçar para fazê-la parecer uma desastrada

Continuei o limpando em silêncio

-Por que não fala nada e evita me olhar nos olhos?!_ perguntou frustrado

Permaneci do mesmo jeito

-Me responda!!!_falou este ainda frustrado

Ao perceber que eu não respondia, me encostou em um canto e pegou no meu queixo levemente me fazendo fitar-lhe os olhos até que não aguentei e falei:

-Me perdoe senhor, não foi minha intenção lhe sujar e causar confusão

- Meu anjo eu sei que não foi culpa sua, eu percebi o comportamento de Catarina desde de que esta chegara, mas por que evitas responder minhas perguntas?!

-Por que eu quero evitar problemas e...o senhor é um Conde só estava mostrando respeito, não queria atrapalhar seu relacionamento com sua noiva

-Uma escrava chamando "senhor" ao invés de "sinhô ", humm que coisa estranha...

-Me perdoe sinhô_falei antes dele desconfiar algo

-Vamos fazer o seguinte, me chama de Carlos, melhor que " sinhô " ou "senhor"

-Vós não acha esse linguajar um tanto invasivo demais para pessoas que acabaram de se conhecer?! Não acha que vão desconfiar de algo ou pensar que vós estais burlando o casório?!

-Primeiramente, eu ainda não me casei,e esse casamento é uma farsa,Catarina sabe que não a amo e se vou casar com ela é pela vontade de meu pai e não minha e se acham que é invasivo, deixem achar, não me importo, mas se preferir me chame assim quando estivermos a sós, já que isso a incomoda tanto_disse com convicção