Emma e os Duplicados

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Emma e os duplicados

Desembarcamos em Roma, e a primeira coisa que descobri é que meu italiano, não era tão bom quanto eu pensava. Depois de sofrer um pouco para conseguir um táxi, me dou conta que talvez, eu devesse ter avisado Derek sobre nossa chegada. Preparado melhor as coisas, mas eu sabia que se pensasse demais, possivelmente teria desistido ou meus pais teriam encontrado uma maneira de me impedir de viajar.
Durante o caminho, observo a cidade de Roma, que pouco tinha em comum com Toronto. Nada de arranha céus, ruas estreitas e calçadas ainda menores, trânsito extremamente lento, turistas caminhando impressionados e muitos artistas de rua. Carolina teria adorado esse lugar. Cerca de quarenta minutos depois, chegamos ao bairro. Parioli sempre foi um dos bairros mais burgueses de Roma, e ainda impunha um charme descomunal, com suas casas em estilo renascentista, praças, mercados ao ar livre e cafeterias aconchegantes.

Chego ao endereço e me deparo uma uma bela e grande casa térrea, com um gramado bem cuidado e uma fonte, a cara do Derek. Adentro o portão gradeado e caminho pela calçada e toco a campainha.

Quando a porta se abre me deparo com uma garota de cabelos e olhos castanhos, pele clara e uma boca bem desenhada que me olha com espanto. Por alguns minutos vejo que ela pensa que sou o Derek e permaneço calado, para ver onde a conversa vai dar.

Quando finalmente me dou conta de que aquela era Victória e a julgar pela saliência em seu ventre, ela não estava sozinha. Fico pensando o porquê de Derek não ter mencionado a gravidez, mas como discrição não é um dos meus fortes acabo comentando algo sobre ser titio e vejo os olhos dela tomarem outra expressão e em seguida recebo um: "O filho não é dele".

Ela me convida para entrar para esperarmos o Derek, forçamos uma conversa sobre a viagem e a bebê, mas o clima continua mega estranho, então minha curiosidade se sobressalta e quando me dou por mim, já há questionei.

- Então, qual é o lance entre você e o Derek? - Pergunto sem rodeios.

- Somos amigos. - Ela responde com naturalidade.

- Amigos com benefícios? - Pergunto com um ar de malícia.

- Apenas amigos! - Ela diz impondo a voz.

- E o pai do seu bebê não acha meio esquisito você estar tão dedo da manhã na casa do seu "amigo"? - Insisto, tentando entender a situação.

- Primeiro o pai do meu bebê e eu estamos dando um tempo e segundo, mesmo que não fosse assim, ainda não seria da sua conta. - Ela diz me lançando uma patada que me joga na estratosfera, geralmente ela levaria uma ainda maior, mas eu não estava a fim de criar inimizade no primeiro dia, então sou o mais educado que consigo ser naquela situação:

- Owwuu... Não me leve a mal não Victória e e eu conheço garotas como você, gostam de ter um step sempre esperando aí quando necessitam vão lá usam, aí quando não sao mais necessários o guardam de novo no porta malas. De vez em quando abrem dão uma olhadinha, conferem se ainda está cheio... para que possam usar quando necessário não é?

- Você acabou de chegar, mal me conhece e já está me julgando. Quem você pensa que é para fazer isso? - Ela diz visivelmente irritada com meu comentário.

- Relaxa se eu tô falando bobagem, não precisa se sentir ofendida. - Respondo apenas e volto a atenção para Emma.

Cerca de uma hora depois, Derek retorna com algumas sacolas e um sorriso largo.

- Noah?! - Diz Derek colocando as sacolas sobre a bancada, num misto de surpresa e alegria.

- E aquela proposta de casa, comida e roupa lavada ainda está em pé? - Digo me aproximando dele, o envolvendo num abraço.

Minha vida em pequenas Escalas  [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora