Capítulo 30 - Isobel não está morta!

105 18 30
                                    


   Derek a abraçou, sentindo Alina o apertar fortemente. O ar repentinamente pareceu ficar elétrico, aquele abraço os aqueceu por dentro, como se trouxera a cor que faltava naquele dia. Quando seus corpos se afastaram um do outro ele inqueriu:

— Você tá legal?

— Agora estou — disse ela, vendo ele lhe medir dos pés a cabeça. — Não tá zangado comigo, não é?

— Não — ele sorriu de lado, ainda que sem muito humor. — Acho até que eu merecia, afinal, como é aquele ditado? Mordida trocada não dói...

Ela gargalhou, mas disse logo em seguida:

— O ditado não é bem assim... Mas mesmo com a mordida que você me deu, eu ainda me sinto mal por ontem, por nós dois.

— Podemos esquecer isso raio de Sol, e nunca mais morder o outro de novo, tudo bem?

— Prometo, não farei de novo! — falou. — Como sabia que eu estava aqui?

— Passei na sua casa e a Flora me disse — respondeu fitando a garota diretamente em seus olhos. — Esteve chorando?

— Ôh Derek — sussurrou tristonha. — Não posso ficar perto das pessoas enquanto não tiver controle sobre essa fome sem fim.

— Vai melhorar — respondeu com olhar confiante. —  Talvez seja melhor se alimentar só de animais por enquanto.

Ela balançou a cabeça para os lados.

— Não dá... Acho até que é pior, você sabe, eu não machucaria nem um coelho — murmurou, um riso nervoso saiu de seus lábios. —  Eu simplesmente choro todas às vezes que assisto qualquer filme com animais — falou com sinceridade.

Ele continuou a olhar para ela com atenção.

— Alina...

— É sério.

— Eu sei, não pense mais nisso — comentou. — Você nem matou ninguém até agora. Deveria estar feliz!

— Eu sei...

Derek coloca suas mãos nos ombros dela, Alina senti seus músculos relaxarem gradativamente. Por poucos segundos ela se sente menos estressada e sorri.

— Não posso ficar aqui na rua, minha mãe pode acabar descobrindo que fugi da escola.

Ele rapidamente a puxou pela cintura, colando seu corpo ao dela.

— Aposto que nunca tinha fugido antes — sussurrou.

— Na verdade sim — riu envergonhada.

— Bonita e rebelde... Ah! Aguenta coração — zombou colocando a mão no peito.

Alina o encarou por um tempo, sem nada dizer.

— O que foi?

— Nada — retrucou sem jeito, sentindo suas bochechas corar.

Derek começou a mexer nos cabelos dela.

— Você é única — sussurrou. — Não existe no mundo outra híbrida.

A garota desviou o olhar.

— Eu não queria ser única...

— E eu não queria ser bonitão — o vampiro disse sorrindo de lado, interrompendo-a. — Mas fazer o que?

Ela revirou os olhos, querendo rir.

— Agora é sério... Sobre a Meredith, se precisar, eu posso hipnotizar sua mãe...

DarkBlood - Herdeira Sanguínea | Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora