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Finalmente acho o buraco por onde o camundongo passou. É tão pequeno que parece mais uma rachadura na parede. Parece ilógico que alguma coisa possa passar por aquele lugar. Mas é o suficiente se eu me concentrar. E eu tento. Tento de verdade, mas não tive muito tempo de prática e o quarto inibe quase todas as minhas forças. Tento me concentrar em uma única coisa: aumentar aquela rachadura o bastante para passar, mas sem sucesso. Tento pensar na minha lembrança mais feliz, e não são muitas, mas ainda sem resultados. Fecho meus olhos e tento esvaziar a mente. Consigo escutar meu sangue latejando nos meus ouvidos e algo mais distante. Passos. Muitos deles. E gritos de ordem. Chamando um manipulador de sólidos. Vão entrar aqui.

E tenho certeza que não é para me libertar.

ANOMALIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora