Pôr da Lua

14 - Irresistível

Narrador: Iyan Spallew

Eu apenas queria descansar, entrei no meu quarto sem me preocupar muito com o que iria acontecer e comecei a tocar uma música qualquer no piano.

Minha cabeça estava cheia de coisas desses ultimos dias, eu apenas queria relaxar, fechei os olhos e comecei a sonhar acordado novamente.

Ela apareceu mais uma vez, será que eu na verdade queria encontra-la novamente? Eu me perguntava.

Ela sempre insistia pra que eu usasse meus olhos nela, pobre luz, não sabe o quê sou.

Dessa vez ela me perguntava pelo meu nome, um pouco envergonhada por falar em ter me beijado. De verdade? É claro que eu a senti, o que era estranho, por que ela só era uma luz.

Eu lhe disse meu nome, embora todos me chamassem pelo meu apelido, Iyan, por que na verdade eu não gosto do meu verdadeiro nome. Livian, parece nome de garota e foi exatamente o que ela comentou.

Tudo ia bem até quando de repente o chão começou a cair, eu abri os olhos devido a uma grande explosão vindo do quarto da Hanna.

- Não! Livian!!! - Pude ouvir sua voz.

*Livian? Desde quando Hanna sabe meu nome?* Me perguntei assustado. Pensei em varias possibilidades no momento mas, se fosse isso... realmente impossivel.

Ignorei o pequeno fato no momento e me dirigi rapidamente até seu quarto, ela estava parada olhando hipnotizadamente para a criatura. Aquelas coisas eram fracas, mas ela como humana não teria chance.

Me coloquei em sua frente e pedi pra que saísse de lá, mas ela não se mexia de jeito algum, foi quando a criatura tentou atacar e eu nos tirei de la rapidamente pela janela. Depois de derrotar aquela coisa eu a levei pro telhado e lá estavam Len e Charrice.

Depois de praticamente sermos expulsos da mansão, eu levei Hanna pra um lugar no meio da floresta que foi construído como nosso refugio.

Ela estava tremendo, obviamente com medo, seus olhos um pouco arregalados, e suas mãos que seguravam fortemente em meus braços me faziam sentir um certo ar de obrigação a protege-la.

Nós paramos em frente a casa, e eu a colocando no chão ia em direção a porta para abri-la, quando senti suas mãos me puxando.

- I... - Ela continuava com medo.

- Está tudo bem... Eles não podem entrar aqui... - Falei tentando acalma-la.

Quando ela finalmente me largou eu abri a porta e nos entramos, meu real plano era de deixa-la e voltar, mas eu não podia fazer isso, podia?

Ela continuava tremendo, isso estava me incomodando, realmente.

- Você... - Eu ia falando quando percebi. - Está com frio.

Não foi uma pergunta, mas ela ascenou que sim com a cabeça. O que mais eu iria fazer? Peguei minha jaqueta e coloquei nela a envolvendo, quando pude sentir um pequeno e suave toquei entre nossas peles.

Ela me olhou assustada. - Vo-você esta mais gelado do que eu, não precisa...

- Eu não estou com frio. - Falei friamente recuando as mãos.