— É tão bom te ver! — exclamei, e pulei logo em seus braços, tentando esconder a minha culpa.
— Também estava com saudades. — disse ele, tentando encontrar uma posição confortável no meu abraço exagerado. Como se eu fosse permitir que ele se afastasse de mim por um segundo. Algum tempo depois das minhas tentativas de asfixiá-lo, Natan se voltou para Lorena e a cumprimentou educadamente — Oi, Lola.
— Olá, estúpido. — respondeu ela, amarga.
— Você me diverte. — piscou Natan para Lorena. Eu, que sentia falta do senso de humor dele, não pude deixar de sorrir. — Vou pegar um café. — falou, dando as costas e indo até o balcão.
Lorena conferiu as horas no celular e, pensando em uma desculpa para dar o fora da presença de Natan, falou:
— Preciso retocar minha maquiagem antes da aula. — e saiu em disparada para o banheiro.
Aguardei por alguns momentos, olhando para o nada. Nutrindo meu ódio por Mário e Andressa na minha mente. Criando cenários terríveis para acabar com eles, na primeira oportunidade que eu tivesse.
— Um café e um amor. — sussurrou Natan em meu ouvido, tapando meus olhos. Pude sentir o cheiro do café quentinho que ele me trazia, falando uma das minhas frases preferidas.
— Quentes, por favor. — murmurei em resposta, removendo suas mãos do meu rosto, tratando de fingir meu melhor sorriso.
ESTÁ A LER
Onde Há Fumaça
Teen Fiction"Eu tinha que sair de Viveiro antes que alguém pudesse cogitar que houve um crime por trás do incêndio que deixou vítimas e feridos, e destruiu a minha antiga escola. Apesar de eu me odiar por ter feito a escolha de sair da cidade como uma covarde...
