capítulo 11

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                 - Vamos, precisamos ser rápidos.  - digo caminhando.

                   Frank e Katy caminhavam junto comigo em direção a casa de Brendon.

                 As aulas passaram rápidas, eu precisava de uma carona para voltar para casa pois certamente havia perdido o ônibus. Eu já sabia a quem recorrer. Iria em busca do  meu tio Frad.

                 Estávamos do outro lado dá rua observando se havia alguém na casa. Vi Brendon conversando com uma mulher bem vestida, após alguns minutos ela se vai e antes dele fechar a porta corro até o portão e chamo por ele.

                  - Brendon! - ele caminha até a mim com um olhar desconfiado.

                  - O que faz aqui? Seu pai sabe que veio? Quem são eles? - ele começa a fazer várias perguntas ao mesmo tempo sem me dar brecha para responder ambas.

                   - Queremos conversar com você. Só saio daqui depois de responder algumas perguntas minha.

                   - Tudo bem, entrem. - ele se dirige até a casa. Passamos pelo jardim até chegar a sala. Nos sentamos no sofá e um silêncio tomou conta do ambiente. Não sabia por onde começar. Estava com medo de suas respostas. Eu queria desesperadamente a verdade mas, eu era covarde a ponto de sentir medo delas.

               Já ouviram aquele ditado que, a verdade dói mais? Ou é ao contrário? Será a mentira sentida mais? Eu não sei. Ambos poderiam doer. Ambos poderiam ser uma irrupção em meu peito. Ambos poderiam me derrubar...

Para sempre.

               - Primeiro, o que é você? - Frank pergunta e talvez, perceberá que eu estava confuso, perdido em meus pensamentos a ponto de não conseguir perguntar nada. Obrigado, eu realmente não sei se conseguiria dizer algo.

                Brendon cai na risada, ele não evitou o efeito sobre a tal pergunta que Frank acabara de fazer.

              - Um Alienígena. - ele responde  rindo e logo depois muda de um semblante piadista ruim para um piadista ruim sério. - Sou psicólogo. - ele continua.

                  Será verdade? - penso.

               - O que quer com o meu pai e o que tem de tão misterioso no passado? - pergunto.

               - São muitas perguntas para  pouco tempo. Preciso trabalhar, agora vão. - ele diz caminhando até a porta.

              - Por favor, eu preciso saber. Quem era ela que falavam naquele dia? - pergunto.

               - Percebo que está atormentado com alguma coisa. Se quiser, marca uma hora comigo e conversamos. Agora vão. - ele começa com um tom de voz sutil e logo depois termina sério, com amargura na voz.

                 Eu não iria conseguir arrancar nada dele. Preciso descobrir de uma outra maneira. Droga!
       
                  Saímos sem olhar para trás.

                - Sinto muito. - Katy fala me abraçando.

                - Relaxa, ainda vou descobrir de uma outra maneira. - falo.

                    Frank caminha ao nosso lado mas quando estávamos  no portão prestes a sair;  por um momento ele para.

                 - Colocarei o nome dele em minha lista. - Ele diz em sussurros.

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