singular

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Vitoria POV
Assim que cheguei em casa tomei um banho mas eu tava com dó de sair aquele cheirinho que tinha de Ninha em varias partes de mim. Mas ela se deixou em mim de outros jeitos, entao ta tudo certin. Depois que terminei o banho fui falar com ela para combinar o que iamos fazer amanha.

Vitoria: Cumbuquinha, vem aqui em casa amanha?
Ana: Oi Vi, vou sim, ja que voce ta chamando eu nao vou recusar. O que vamos fazer?
Vitoria: Amanha uns amigos da gente vão vir aqui, ai deve rolar uma rodinha de música.
Ana: Ta bom Vi, que horas eu devo ir ?
Vitoria: De tarde ce vem e fica ate nao aguentar mais.
Ana: kkkkkk de noite volto pra casa, nao posso esperar nao aguentar mais porque do seu lado eu aguento tudo.
Vitoria: ai que menina doce. Ninha vou dar atenção pra minha familia aqui. Até amanha ta?
Ana: Até amanha Vi. Um beijo na sua boca.
Vitoria : Um chêro e beijo na sua, minha cumbuquinha.

Fui ficar com minhas irmas e mamae e depois dormi junto com mainha. A gente tem que aproveitar os momentos em casa né.

No dia seguinte acordei e foi tudo como sempre no meu larzinho. Depois do almoço chegaram os amigos e amigas de Sabra. Eram amigos da familia na verdade, incluindo primos e pessoas envolvidas amorosamente com minha irma. So sei que somos tudo familia e era sempre incrivel estar com eles.

Liguei para Ninha e pedi que ela chegasse logo. Em cinco minutos a princesinha ja estava la em casa.
- Mainha, a coisa bunita chegou. - levei Ana para o quintal de casa e ela deu um abraço em mamae.
- Prazer menina bunita, Vitoria tem falado muito de voce. Muito obrigada pela felicidade que voce tem trazido a mais para minha filha. - Ana corou demais e eu fiquei rindo sozinha olhando essas coisas lindas conversando.

- Prazer Tia Isabel, eu tambem escuto muito de voce. É mainha e mamae para todo lado. - mamae me olhou e deu um sorriso de orgulho.
Levei Ninha para onde estava o pessoal e apresentei ela a todos. Ela morreu de vergonha, lógico, mas depois eu tratei de agarrar nela para ela se sentir segura.

Ficamos cantando varias musicas no quintal enquanto minha irma mais nova tocava seu violao. Até que lembrei que Ninha tinha dito que cantava e tocava, eu nao consegui me conter. Eu sabia que ela tinha vergonha mas eu precisava ajudar ela a quebrar essa barreira.

Minha irma tinha parado de tocar e eu pedi seu violão discretamente. Olhei para Ninha que estava do meu lado conversando com Sabra e de cara eu percebi que ela entendeu.
- Ô Ninha, tu disse que toca violão né, toca pra gente uma música? - eu fiz a minha cara suprema de pidona para Ana aceitar. Eu sabia que ela conseguia mesmo por que eu entrei na internet e a vi cantando uma musica autoral. Eu estava so esperando o momento certo para falar sobre.

Ana me olhou com cara de quem queria sair correndo.
- Vi mas eu tenho vergonha. - eu estava entregando ja o violão para ela e ela estava meio sem reação.
Cheguei mais perto dela, segurei seu braço e fiz um carinho. Olhei nos olhos dela.
- Ninha, se voce nao fizer nao vai perder nunca a vergonha. Se permita viver as coisas meu bem. - ela parecia ter aceitado. Fez uma cara de alivio e de quem ia tentar superar algum obstáculo.

Ana respirou fundo e pegou o violão. Ela estava nervosa mas era preciso.
- O que voce quer que eu cante Vi?
- A sua musica Ninha - na mesma hora ela fez cara de assustada de novo, estava sendo muito de uma vez, eu fiquei receosa de estar pedindo muito. - mas se voce nao se sentir bem tudo bem. - dei um sorriso de cumplicidade.
- Entao ta, vou cantar Singular. - ela respirou fundo, olhou para mim e começou.

Eu ja sabia a musica todinha. Eu escutei o dia todo, todos os dias desde que ela me falou no jantar.

Ela estava extremamente concentrada no que suas mãos faziam no violão. Eu nao conseguia nem piscar até que comecei a cantar baixinho junto com ela. Ana até se assustou um pouco e me olhou mas conseguiu continuar.

Nossas vozes se completavam muito bem, eu só precisava olhar para ela e tava tudo na ordem que deveria. Enquanto ela cantava eu admirava cada curva do seu rosto, cada expressão. Ana é linda demais.

Quando Ninha terminou de cantar todos nossos amigos bateram palma, inclusive eu. Eu estava bobinha, tinha sido um dos melhores momentos da minha vida ate hoje. Nossa conexão existia e dava para ver de longe.

As palmas fizeram Ana se transformar no tomate mais vermelho da feira. Eu me aproximei dela e entreguei um beijo na sua boca, me afastei e sorri para ela.
- Viu? Foi muito ruim Ninha? - Ela so balançou a cabeça negativamente e sorriu com vergonha.

- Deveriam gravar voces cantando - Sabra disse. - Vamos depois gravar voces, ficou muito lindo as duas juntas. E Ana que musica linda, voce que escreveu?? - Ana so balançou a cabeça positivamente ainda morrendo de vergonha.

Já tinha sido muito para minha bichinha, o resto da tarde/noite ficamos so curtindo as musicas, o céu, os amigos e uma a outra.

De Marte a Jabuticaba Onde as histórias ganham vida. Descobre agora