-Prólogo. -Emboscada.

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Promotor Powell

O transito estava calmo e fluía bem. E eu estava sorrindo, pois poderia aproveitar meu fim de semana na casa de veraneio que tanto amava. Adorava acordar e escutar o som do mar. A brisa fresca adentrando pela ampla janela. Só de lembrar-me disso cheguei até sentir o cheiro da maresia.

Depois de uma semana conturbada seria o paraíso esses dias longe da poluição da cidade e dos criminosos. Era minha amada profissão, mas às vezes os casos que investigava me embrulhavam o estomago. E eu não era homem de me assustar e nem de sentir nojinho de algo. Mas as coisas estão cada vez piores.

Quando criança sempre sonhei em ser um homem da lei. Um homem que lutaria para proteger os fracos e os desfavorecidos com justiça e honra. Minha formação foi vista com admiração e preocupação pelos meus pais. Lucas e MeganPowell. Em mais de doze anos de profissão estava acostumado a tudo. A aérea criminal era assim ou você se acostumava a essa vida ou desistia da pressão. Pressão da família para que largasse a mesma e dos amigos. Eu mesmo não tinha amigos. Minha vida era solitária. Até as mulheres que se interessavam por mim tinham medo de se envolver. Minha ex-noiva Julian ainda não havia me perdoado pelas ameaças que ela e a família receberam.

Reduzindo a marcha parei no sinal fechado. Eu não deveria me sentir solitário. Eu sabia que minha vida seria assim quando me formei e prestei concurso. Eu amava minha profissão. Amava ser um homem da lei.

O sinal abriu e coloquei o carro em movimento. Tudo que ocorreu em seguida fora rápido e não me deu tempo de reação. Meu carro foi acertado por outro de tamanho maior. Uma ranger. Com o impacto meu corpo balançou. E sem demora ouvi disparos de fuzil. Meu volvo era blindado mais pelo poder de fogo alguns projeteis conseguiram perfurar a mesma.

Mesmo dolorido saquei minha pistola e pelo buraco feito pelos disparos revidei o fogo. Porém quando senti um forte impacto em meu ombro direto e em minha perna esquerda para logo sentir uma ardência e a dor lacerante larguei a arma. Não tinha mais força para segurar a mesma.

Então um projétil acertou meu pescoço, e não vi mais nada.

Capitã Johnson

O regimento era meu lar. Minha vida. E estava nele pronta para meu trabalho. O mesmo era perigoso e eu vivia cada instante da minha vida como se foi ser o ultimo. Bebia, fumava. E adorava namorar. Mas os homens tinham medo de se envolverem. Ser uma capitã da SWAT era muita responsabilidade. Principalmente quando meu superior era meu pai. Kian Johnsonreagiu mal quando soube da minha decisão de seguir seus passos.

Ele não queria a mesma vida solitária e perigosa para mim, sua filhinha. Mas eu sabia também que no fundo ele tinha medo que eu tivesse o mesmo fim que minha mãe e meu irmão tiveram. Eles foram mortos em serviços em uma explosão terrorista. Mas eu precisava vingar minha mãe e meu irmão prendendo quantos bandidos eu conseguisse. A voz forte e aflita de meu temente me tirou dos meus pensamentos.

– Capitã! Recebemos um chamado. Há um tiroteio na principal via da cidade. A policia está pedindo nossa intervenção. Trata-se de um magistrado. De um atentado! – informou.

–Alerte o John, Isaac, e outros, Tom. – disse séria, já vestindo minha carapuça e meu capacete com agilidade.

–Sim capitã. – prontificou-se saindo imediatamente.

Nosso comboio chegou rápido ao local. À polícia estava acuada pelos bandidos. Três carros grandes bloqueavam a visão de um carro, menor. Um volvo prata. Que parecia uma peneira de tantos furos. Vários projeteis estavam espalhados pelo chão da via. Revidamos o fogo pesado da gangue e conseguimos controlar a situação. Os cincos meliantes foram mortos no tiroteio e agora eu e minha equipe estávamos retirando a porta do veiculo altamente alvejado. E minha respiração ficou suspensa ao ver o homem inconsciente que sangrava horrores pelo pescoço. O desconhecido era ninguém menos, ninguém mais que o promotor Powell, um dos homens mais admirados do país. E amigo intimo de meu pai.

O PromotorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora