Capítulo sem título 2

4 3 3
                                    


No dia seguinte Karen estava treinando tiro ao alvo quando o seu pai chegou com uma cara de que havia acontecido alguma coisa séria, ela largou tudo, se aproximou dele e perguntou:

— O que houve pai? Aconteceu alguma coisa?

Ele a pegou pelo braço a levou até uma sala, fechou a porta e depois disse:

— Eu trago uma notícia nada boa para você.

— O que houve pai? Está me deixando assustada.

Ele passou as mãos no rosto e disse quase chorando:

— A sua mãe e sua tia sofreram um grave acidente de carro hoje pela manhã, não sobreviveram.

Karen não acreditando no que seu pai estava dizendo, ela o olhou e perguntou:

— Você está falando sério?

— Voltei de lá agora, queria dar a notícia pessoalmente para você, elas acabaram batendo de frente a um caminhão que vinha na contramão, morreram na hora.

Karen sentou-se e as lágrimas rolaram por seu rosto, seu pai pegou um copo de água e deu a ela.

— Eu só passei aqui para te dar essa triste notícia, agora eu tenho que ir cuidar da liberação dos corpos e do enterro delas.

Ela Levantou se aproximou de seu pai e disse:

— Eu vou pedir dispensa ao comandante eu vou com o senhor, o senhor me espera?

— Te espero no estacionamento.

O comandante dispensou Karen e ela foi ao encontro de seu pai no estacionamento, os dois foram cuidar do enterro de sua mãe e de sua tia.

O corpo da sua mãe ficou irreconhecível e de sua tia também, elas foram colocadas em caixões fechados, não podiam ser abertos porque os corpos tinham sido esmagados e estavam irreconhecíveis.

Já no cemitério Karen olhou em volta e ela viu entre os túmulos Lúcia escondida observando o velório de sua mãe de longe, ela vestia roupas pretas, usava óculos escuros e um boné na cabeça para se disfarçar, mas Karen a reconheceu assim que a viu.

O caixão foi abaixado ao túmulo e o túmulo foi fechado. Karen e seu pai foram os últimos a saírem dali, ao chegarem ao portão de saída do cemitério, Karen olhou para seu pai e disse:

— O senhor me espera? Eu esqueci uma coisa lá no tumulo, preciso voltar para buscar.

Seu pai olhou para ela e perguntou:

— Você quer que eu vá com você?

— Não pai, já vai fazendo a volta com o carro que eu já volto, é rapidinho.

Karen foi rapidamente à direção dos túmulos aonde ela havia visto Lúcia, mas ao chegar ao local ela não viu mais ninguém, ainda tentou dar algumas voltas entre os túmulos para ver se a encontrava. Karen subiu num túmulo e olhou em volta, mas ela não viu mais ninguém, Lúcia havia desaparecido, então Karen voltou até seu pai, ele já a aguardava no carro com o motor ligado, ela entrou no carro e os dois foram embora para casa em silêncio.

Karen ganhou três dias de folga pela morte de sua mãe.

Na semana seguinte ela fazia alguns exercícios físicos no quartel quando o comandante se aproximou dela e disse:

— Se prepare e arrume suas coisas, nós temos uma missão muito importante, é um assalto com reféns numa agência bancaria na cidade vizinha, foi solicitada a nossa presença no local, os assaltantes estão mantendo algumas pessoas como reféns dentro de uma loja, e eles parecem ser muito perigosos, é urgente.

DOIS DESTINOS.Where stories live. Discover now