CAPÍTULO 4

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Assim que chego ao último degrau, ele me estende a mão gentilmente e meu coração flutua como uma pétala sendo guiada pela suavidade do vento em direção ao desconhecido

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Assim que chego ao último degrau, ele me estende a mão gentilmente e meu coração flutua como uma pétala sendo guiada pela suavidade do vento em direção ao desconhecido.

Olho para o relógio que está sobre a mesa de cabeceira e tento não explodir por saber que a qualquer momento Victor estará aqui, pois ainda não me acostumei com o fato de que o garoto por quem sempre fui apaixonada me levará à festa.

Aproveito esse tempo para conferir a maquiagem e pensar nos conselhos motivadores de Luana. Seja ousada. Não espere que ele tome atitude. Ele precisa de estímulo. Ele gosta de você, tá na cara.

Nunca senti que Victor pudesse gostar de mim, mas também não imaginava que ele chegasse a me convidar para a festa e acredito mesmo que ele tenha sido sincero em dizer que não fez isso apenas por se sentir pressionado pelo que aconteceu na lanchonete.

Alguns minutos se passam até que ouço a voz de minha mãe me chamando, fazendo com que eu desperte. Subo a barra do vestido que Luana e eu rodamos a cidade para encontrar. Foi difícil algo que agradasse a nós duas. Quando eu gostava de algum, Luana fazia questão de apontar os defeitos que eu não era capaz de ver e, quando ela gostava de outro, eu é que não me sentia confortável com sua sugestão. No fim das contas, acabei levando um vestido que ela havia insistido e assegurado com todas as forças que me deixava maravilhosa mais porque estava cansada de procurar e só queria ir pra casa, do que por ter realmente gostado. A certa altura qualquer coisa que não me deixasse cheia ou pálida já estava de bom tamanho.

Desço as escadas com cuidado, segurando-me no corrimão. Não posso de jeito nenhum cair na frente do Victor, ou nunca mais serei capaz de suportar olhá-lo nos olhos. Assim que chego ao último degrau, ele me estende a mão gentilmente e meu coração flutua como uma pétala sendo guiada pela suavidade do vento em direção ao desconhecido.

É impossível não reparar no quanto ele está lindo usando um terno preto, com os cabelos bagunçados de uma forma charmosa. Eu amo tudo nesse garoto, desde o sorriso desenhado em seus lábios, carregado de mistério, até a pequena falha que corta o cantinho da sua sobrancelha.

Antes que eu me perca em seus olhos castanhos, me despeço da minha mãe e Victor nos leva direito para o carro que nos aguarda. Durante o caminho conversamos sobre diversos assuntos, mas ele não diz nada sobre minha aparência. Fico um tanto decepcionada por ele não ter me elogiado, mas tento pensar que ele está ao meu lado e isso é tudo que importa.

Enfim chegamos ao colégio. Victor me ajuda a sair e caminhamos até a quadra, que agora serve como um salão de festa, juntos. O lugar está bem cheio e uma música agitada toca. Victor nos guia para a mesa onde alguns garotos do time de natação, com seus pares, estão sentados e passamos a maior parte do tempo ali, conversando. O assunto basicamente gira em torno dos treinos e das competições e Victor tem a delicadeza de me explicar tudo sobre a natação para que eu não me sinta perdida. Eu passo a admirá-lo ainda mais por esse pequeno gesto. Outro teria me ignorado; mas ele, não. Desde que chegamos tem se mostrado preocupado com meu bem-estar e já me perguntou diversas vezes se eu gostaria que me trouxesse algo para beber ou comer.

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