- Ah não... merda. - dei um murro no volante com raiva.

Larguei o carro no mesmo lugar que ele parou e peguei minha mochila que tinha algumas coisas minhas. Andei por alguns minutos a procura de abrigo e nada. Alguns minutos depois tinham alguns caminhantes na minha frente andando devagar.

- Merda. - andei por um tempo na floresta e alguns minutos depois encontrei um morrinho que dava para a estrada. Fui subindo devagar e observando em todos os lugares se tinha algum andante por aquela região. Atravessei no costeiro e fiquei andando entre os carros parados na via, vasculhava também alguns carros (encontrei algumas roupas, remédios, comida, algumas já podres, e outras coisas) até que alguns metros depois visualizei uma movimentação, me esconde e logo depois tentei ver se são andantes. Vi um homem negro com uma camisa marrom com calça preta e um outro homem branco, usava uma camisa meio estilo havaiana, um chapéu de pescador e uma bermuda clara.

- Vamos ter muitas peças de reposição. - falou o de chapéu de pescador.

- Já não era para eles terem voltado? - perguntou o outro andando olhando para os cantos, eu me esquivei do seu olhar e continuei ouvindo a conversa que era bem baixa.

- Ainda está dia, não vamos nos preocupar ainda. Como está se sentindo? - ficamos mudos por um curto tempo - T-Dog, eu perguntei como está se sentindo. Não ignore essa pergunta.

- Está doendo muito, está até latejando.

- Deixe-me ver. - ouvi um voz mais alta reclamar de dor

- Não mexe ai não.

- Desculpe-me. Escuta, suas veias estão sem cor, tem uma bela infecção e isso pode te matar. - ouvi risadas

- Ah... e não poderia ser assim? O mundo está um inferno mesmo. Os mortos comem os vivos agora e... Theodore Douglas morre por causa de uma merda de corte.

- Isso seria estupidez. Estou falando desde ontem, precisamos lhe dar antibióticos. Vasculhamos esses carros e não achamos nada. Não acredita que não achamos ampicilina ou qualquer outro antibiótico nesse lugar. - olhei para minha mochila e sabia que tinha alguns remédios ali que poderia ajudar o rapaz, só que estou com medo do que eles possam achar e que eles tentem algo contra mim.

- É...

- É o que eu acho, não olhamos direito. - continuei escondida ali e depois eles ficaram mudos. Olhei para os lados e não tinha uma saída confortável para mim, eu não quero me jogar no morro e rolar até alguma árvore me parar. Não quero muitas coisas. Reforcei a mochila nos meus ombros e me virei andando devagar, abaixada para não me verem.

- Ei... quem é você? - arregalei os olhos e me xinguei mentalmente por não ter feito um bom trabalho. - Estou falando com você mocinha. - me virei e ali quem estava foi o cara de chapéu de pescador.

- Está vendo uma miragem. - falei andando para trás e ele deu alguns passos até mim, peguei a arma que estava do lado da minha mochila e apontei para ele que levantou os braços.

- Calma...

- Fica quieto. - falei ainda apontando aquela arma, aquela merda de arma que estava sem munição.

- Sei que não quer fazer isso.

- Fica longe.

- Você pode abaixar essa arma e... - me repente senti alguém me prendendo fazendo eu ficar imobilizada e um cara asiático pegou minha arma. Senti uma respiração ofegante na minha nuca e eu tentei me soltar. O asiático verificou a arma.

- Está sem munição. - falou ele colocando a arma na mochila.

- Só pode ser burra mesmo. - me apertou mais ainda e eu reclamei com ele

Dark NecessitiesHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin