Capítulo 11

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➳ ➳ ➳ ➳➳ ➳ ➳ ➳➳ ➳ ➳ ➳➳ ➳ ➳ AGORA QUEM FALA SOU EU!
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P.O.V Jason

Dizer que sexo e dinheiro eram os meus maiores vícios seria verdade. Desde pequeno eu sonhava em construir um Império, ter a minha própria realeza, a minha própria fortuna, minha própria casa. Desde pequeno as coisas foram difíceis para mim. Por incrível que pareça, crescer em berço de ouro não é tão bom quanto imaginam. Ser o mais velho dos filhos requer responsabilidades, e tudo era maravilhoso, antes de Jonathan chegar. Desde pequeno, Jonathan foi o meu maior problema, sempre o carreguei nas costas, até hoje. Desde adolescentes, Jonathan me dava dor de cabeça, se metendo em brigas, fodendo a garota dos outros caras, e como sempre, era eu quem me ferrava, era eu quem sempre se dava mal, que fazia inimizades, quem apanhava dos pais sempre que chegava em casa e que ouvia calado os esporros por Jonathan ter contado a briga primeiro. Desde jovem, Jonathan sempre fazia algo para que eu me ferrasse. Foi assim com o primeiro carro, o primeiro emprego, a primeira foda, a primeira namorada, até chegar ao primeiro casamento.

Sim, eu já fui noivo. Não posso dizer que fui casado pois nem a isso consegui chegar. Era um dos dias mais felizes da minha vida. Por mais que pareça difícil de acreditar, eu era bem diferente de como sou agora. O garoto magro, franzino, briguento, os cabelos negros estavam sempre penteados, e como um babaca que eu era, no dia do jantar de noivado, deixei que Jonathan fosse acordar Debbie em nosso quarto, e ao constatar que a demora estava sendo demais, subi as escadas no intuito de entender a demora, e me arrependi no dado momento em que abri aquela porta. Acredito que ver a imagem da sua noiva trepando com o seu irmão não seja uma das melhores. Naquela merda de dia eu não enfrentei Jonathan, não bati nele e muito menos em Debbie, por mais que a minha raiva fosse tamanha eu não encostaria um dedo sequer nela, se tem uma coisa que sempre zelei foi mulheres, por mais vagabundas que algumas possam ser, jamais deve se bater ou xingar uma mulher, elas eram delicadas como flores, algumas frágeis como porcelana, nos proporcionava prazer, carinho, outras eram como uma divindade, tão belas, tão carentes, e outras tão... Chulas, como Debbie. E depois de entrar em uma merda de depressão eu me reergui, eu mudei, eu já não era mais o mesmo Jason, o garoto magro e franzino que aceitava esporros dos pais havia morrido. Naquele dia eu larguei tudo, deixei a casa dos meus pais e saí pelas ruas de Nova York andando a mil, o destino foi o primeiro studio de tatuagem que encontrei, a primeira tatuagem foi dolorida, mas o ódio era tanto que apenas sentia um formigamento. " Seja forte, aguente firme" foram as primeiras escritas tatuadas em meu antebraço.

Depois de tudo, eu aprendi a odiar tudo e todos ao meu redor, tanto familiares quanto as outras pessoas em si, talvez assim nada me colocaria para baixo, nada mais me machucaria, eu nunca mais seria humihado, nem pelos meus próprios pais, nem por mulher e muito menos pelo meu irmão.

Irmão...

O sangue do meu sangue, o homem que deveria compartilhar comigo os seus maiores medos, as suas melhores pegações, mas não. Eu nunca fui capaz de entender o motivo de Jonathan sempre fazer isso comigo, mas eu parei, parei de ser trouxa, capacho. Estava decidido. Criaria meu próprio Império, e para isso eu começaria do zero, e a escolha foi a luta de rua, batalhas, rings, socos, sangue, morte. Demorou, mas eu consegui, depois de me tornar o maior lutador de rua, matar vários homens com as minhas próprias mãos eu consegui, claro que algumas lutas geram mais dinheiro que as outras, e foi assim que comprei a minha primeira empresa. Estava afundada, abandonada, acabada. Com o dinheiro que tinha reergui a empresa, que logo voltou a funcionar. Com ela veio outras e outras, e foi assim que Jason Sartori enriqueceu, foi assim que o Império Sartori nasceu, de grandes lutas perigosas, envolvendo traficantes da pior espécie, porcos imundos que pagavam para ver jovens matando uns contra os outros, quebrando ossos. Admito que meu Império nasceu de dinheiro sujo, mas eu não tinha outra escolha. Porquê escolhi dirigir empresas? Simples, porque ser CEO é muito mais interessante do que ser advogado como meus pais eram. Estar no controle de tudo era ótimo, admito, e as coisas que nos davam era ótimo também. Mulheres, carros, dinheiro, riqueza, tudo o que qualquer homem deseja ter, todos aos seus pés.

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