Epílogo - PARTE IV

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*Vou fazer algumas dedicatórias nesses últimos capítulos para as pessoas que sempre me acompanham! A de hoje vai para uma leitora especial que eu sei que ama essa história e que me acompanha a bastante tempo! Beijos! <3


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Os dias voltaram ao normal, digo, sem brigas ou acusações, mas havia entre nós um clima diferente. Eu e Flávio estávamos mais calados, ele magoado e eu mais ainda. Santiago notava esse distanciamento e tentava chamar atenção de todas as formas, seja fazendo birra, manha ou com uma carinha triste que me cortava o coração sempre que a via.

Duas semanas depois do ocorrido as coisas ainda não tinham melhorado entre nós, mas recebi a visita de uma executiva/sócia da empresa Olimpo, que era de onde vinha a maior parte de minha renda. Achei estranho, pois sempre tratei destes assuntos diretamente com o dono da empresa, o Atlas, mas achei até bom que ele não tenha vindo, entre nós se formou uma grande amizade e tenho certeza que ele notaria minha cara de descontentamento.

Ela entrou no apartamento enquanto eu terminava de dar um lanche para o Santiago, Flávio estava no quarto praticando com as portas fechadas.

- Boa tarde, Samuel. Sou Marcela, braço direito do Atlas! – Ela falou simpática, mas me arrepiei ao ver aquela figura tão bem cuidada, mas com tão pouca credibilidade. Na verdade eu não lembrava do Atlas ter me falado sobre essa mulher.

- Pode entrar! – Ela vestia uma roupa linda de marca, um tailleur muito bem costurado, impecável de uma cor rosada com detalhes pretos.

- Já sabe do que se trata? – Ela perguntou ao sentar.

- Na verdade não. – Sentei de frente para ela. – O Atlas não me disse nada.

- Você sempre fala diretamente com ele? – Me questionei se ela como braço direito não deveria saber sobre isso.

- Sim, ele sempre fez questão. Me disse em várias oportunidades que têm pessoas em sua empresa que não são honestas. – Falei para medir sua reação.

- Menino, e é assim mesmo. Estamos fazendo uma geral na empresa, alguns funcionários estão sendo demitidos por não serem de confiança. - Ela falou em tom profissional.

- Entendo, mas ao que devo a sua visita? – Falei um tanto desconfortável com sua presença.

- Samuel, ou Sam? – Ela deu uma risadinha, mas não consegui lhe retribuir e vi quando ela ficou sem graça – Samuel, como falei antes estamos passando por mudanças na Olimpo, algumas pessoas saindo, outras entrando... Bom, o que eu quero dizer é que...

- Desculpe, mas você aceita um café ou um suco, ou água... – Me peguei pensando que apesar de não gostar dela estava sendo extremamente indelicado e mal educado e por isso a interrompi.

- Não, eu estou bem e com um pouco de pressa! – Ela devolveu antipática e engoli em seco.

- Tudo bem, desculpe.

- Como eu ia falando, com essas mudanças acontecendo teremos que baixar custos!

- Paaaaaaaai! – Santiago gritou lá de dentro.

- Marcela, só um minuto! – Corri para ver do que se tratava aquele grito e Flávio saiu do quarto ao mesmo tempo, meu menino estava sem camisa, uma bermuda cinza e uma havaiana. Nos olhamos e senti tanto desejo por ele naquele momento que quase perdi o prumo.

- Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai! – Dessa vez o grito foi mais alto, entrei de imediato no quarto de Santiago e ele estava escondido no vão entre a sua cama e a parede.

Entre o céu e a terraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora