Capítulo 44 - A luz no fim do abismo

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P.O.V. Nico

- Bem, o mundo está uma zona - foi o que consegui dizer.

E essa era a maior verdade que já saiu da minha boca. Estávamos sentados na sala de reuniões do Olimpo. De um jeito macabro, éramos a nova ordem mundial entre os deuses. E, por Hades, como haviam coisas para resolver.

Não sei o porque, mas meu pai e os outros deuses não aceitaram suas funções divinas: renegaram seus cargos e títulos, e se tornaram apenas cidadãos da única cidade divina dá Terra: Phoenix (ideia do Percy... Renascimento e bla, bla bla...).

Essa foi a primeira bomba. Como os deuses saíram em batalha, os exércitos de Caos atacaram os palácios divinos para destruírem as fontes de poder dos deuses. A sorte foi que o plano de Odin previa esta contingência. Todas as fontes de poder dos deuses de cada panteão, por menor que fosse (como os deuses da Guiana Francesa, que eu nem sabia que existiam), estavam salvas em Etherion, a dimensão da deusa Alana.

Infelizmente, isso nos deixava com milhões de deuses sem moradia, todos eles amontoados no Olimpo. Apartamentos luxuosos foram erguidos sob a supervisão de Annabeth e Athena, para acomodar todos os deuses. Parecia que o mundo divino agora era um único panteão.

Isso era...

- Isso é fantástico! Essa união é a chave da prosperidade do nosso planeta!

Suspirei resignado.

- Grace. Por favor. Cale a boca.

Ele me olhou confuso.

- Nico, o que temos aqui é uma chance enorme de...

- Por favor, não contrarie o cabeça de águia. Lembre-se dos desmaios - divertiu-se Léo.

Jason ficou vermelho, enquanto Magnus chorava de rir. Uma batida no chão ecoou pela sala.

- Basta!

Todos olhamos para Percy, que guardava o tridente dele. Ele mudou nos últimos dois dias. Estava sério, tenso e sombrio. Sei, é irônico isso vindo de mim, mas é a verdade. E não era só ele. Annabeth estava mais desleixada do que nunca, e nem mesmo a insistência de Piper de que a primeira dama da nova teogonia deveria lembrar de pentear o cabelo adiantava. Havia mais vida nos soldados mortos do mundo inferior do que no rei e na rainha do Olimpo.

Percy olhou cada um de nós.

- Recaiu sobre mim a obrigação de salvar o universo. E todos sabemos que a chance dá minha vitória é ínfima. Se não pensarmos em algo, seremos aniquilados.

- Então, só por isso, devemos agir como idiotas sombrios e ficar com cara de morte até a batalha? Retrucou Magnus, que parecia ter herdado o humor e irritação do Deus nórdico do trovão.

- Magnus está certo, Percy - disse Hazel, ao meu lado. - Você sempre foi o elo para nós, em todas as situações difíceis. Não pode se dar por vencido agora.

Carter Jr. concordou, acenando com a cabeça.

- Desde que sou pequeno meu pai conta da sua bravura e energia contagiante, Percy. Mesmo frente aos maiores desafios, você nunca desistiu. Vamos dar um jeito nisso.

- Como? Rebateu Annabeth, visivelmente aflita. - Caos é o senhor de tudo que existe. O senhor absoluto da criação.

- Você está equivocada Annabeth - respondeu Sadie. - Isfet é o senhor do Caos. Mas a senhora da criação é Maat. E ela está do nosso lado.

- Mas está sem poderes - ponderou Kisha.

- Sim - disse Nara. - Se tivesse poderes para enfrentar Isfet, não delegaria essa responsabilidade ao Percy.

O legado dos deuses - Os Heróis do Olimpo, Crônicas dos Kane, Magnus ChaseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora