— Eu sei. É que fiquei nervosa vendo tudo aquilo. — confessei baixo. — Ele bateu em você e quase na Rachel. Eu me intrometi por impulso.

— Nunca mais faça isso.

— Eu não vou. — olhei-o, engolindo em seco. — É seu pai, né?

— Infelizmente.

— Ele já... Já bateu em mais alguém da sua família?

Nate permaneceu em silêncio, fitando a estrada em sua frente.

Eu tive minha resposta naquele exato momento. Estava claro. Sebastian não havia agredido somente o filho, mas outras pessoas também. Arriscava-me em dizer que Alyssa era um dos alvos. Eu conseguia lembrar do olhar dela sobre o homem. Do medo evidente.

Young e muito menos ela haviam enfrentado Sebastian. Provável que teria consequências caso fizessem aquilo.

— Nate? — chamei baixinho. — Você sabe que pode denunciar seu...

— Ele nunca bateu em ninguém. — impediu-me de terminar a frase. — Eu irritei ele e por isso levei dois socos. Apenas isso.

Apertei o celular em minhas mãos, olhando novamente a mensagem de Dylan. Young não iria abrir a boca, mas Parker sim. Eu esperava que sim.

— O que acha de comermos uma pizza e depois irmos para meu apartamento?

Confirmei com a cabeça sem ao menos prestar atenção direito.

Quase uma hora depois de comermos o alimento, fomos para o local onde Nate morava

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Quase uma hora depois de comermos o alimento, fomos para o local onde Nate morava. O céu estava escuro e alguns pingos grossos de chuva caiam. O pessoal que estava do lado de fora já se preparava para o temporal que viria. Eles corriam pelas calçadas em busca de seus automóveis.

Eu gostava de tempestades. Sempre havia gostado da escuridão que se formava no céu. Da chuva batendo contra os vidros. Do friozinho que dava por conta da mudança de temperatura.

Era prazeroso.

Quando descemos na garagem onde Young havia estacionado o carro, fomos direto para o andar em que ele morava. Ao adentrar o apartamento dele eu fiquei literalmente de boca aberta.

As cores preto e branco dominavam o local. Os móveis eram sofisticados e aparentavam custar uma fortuna. Eu desconfiava que o lustre que havia na sala custava o ovo em que eu morava.

— Você é traficante? Como conseguiu isso tudo? — perguntei boba.

— Era dos meus avós. Eles deixaram pra mim.

Arqueei a sobrancelha, apertando meus braços cruzados.

— Você 'tá brincando, né?

— Não. A Katie e a Ammy também tem parte aqui. Não é só meu.

— Caramba! Meus avós só tem uma fazenda que está caindo aos pedaços. Provável que vão deixar pra minha mãe. — falei, observando ao redor. — Acho que até está abandonada. Eles voltaram a morar na antiga casa perto de Nova York.

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