Capítulo 16- Devorador de Almas

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- Homem-Puta Aqui estão os cafés - grito entrando em casa.

- Estou na cozinha Mônica! - ele grita o apelido que detesto e faço uma careta.

Quando eu era criança tinha dentes enormes. Era motivo de vergonha para mim. Mas graças ao aparelho e várias visitas ao dentista hoje possuo dentes bem tratados. Isso só aumentou minha obsessão pela higiene bucal. Mas não consegui fugir do apelido que ganhei na infância.

Ouço-o sorrindo enquanto fala com sua melhor voz de galã. Acredito que esteja falando ao telefone com alguma vítima. Mas eu não poderia estar mais errado. É então que eu ouço uma risada feminina bem familiar. Meu corpo enrijece imediatamente quando alcanço a cozinha.

Porra!

Luna está debruçada na ilha no meio da cozinha. Seu longo cabelo está solto formando uma cortina negra e sedosa. Ela está usando a porra de um baby doll azul claro curto e sem sutiã. Não seria estranho se estivéssemos a sós, pois sempre a vejo assim. Apenas hoje ela poderia estar com seus pijamas de golfinhos.

- ... E aí eu rolei no chão de tanto rir e depois desse dia comecei a chamá-lo de Mônica - Hugo diz com todo o seu charme.

- Não acredito nisso. Deve ser por isso que ele é tão paranoico com os dentes - Luna gargalha e depois olha e percebe minha presença. - Vizinho! Por que nunca me disse que seu amigo Hugo é O MODELO FAMOSO Hugo? Foi uma surpresa quando entrei em seu apartamento e dei de cara com ele.

- O que está fazendo aqui? Você deveria estar trabalhando.

-Me ligaram dizendo para eu não ir agora porque está tendo uma manifestação em frente ao escritório, contra um caso que um dos advogados está defendendo.

- Mônica - ele cospe me irritando ainda mais. - Eu estava aqui tentado entender o porquê de nunca ter conhecido Luna antes. E quase não a conheço dessa vez também, pois ela tem uma viagem marcada para o final de semana que seria coincidentemente, quando eu chegaria - me olha irônico aguardando uma resposta.

- No llena el saco cábron! - tenho não mostrar minha ira.

- Onde está o meu café? - inquire Luna revirando os pacotes.

- Não comprei. Visto que era para você estar no trabalho. Mas se você for para casa trocar de roupa ou pelo menos colocar um sutiã, eu divido o meu café - sibilo ríspido.

Ela franze o cenho para mim e abaixa a cabeça como se procurasse o motivo da minha raiva. Isso deveria ser óbvio para qualquer um. Por que ela tem que ser tão desinibida? Hugo então sorri debochado e pede para ela beber seu café com ele, me levando ao limite. Ela vai par o meio da ilha, se senta ao lado de Hugo, pega um dos folhados e morde.

Puta mierda! O folhado de camarão.

Chego até ela rapidamente arrancando o folhado de sua mão antes que dê outra mordida. Ela faz uma cara feia talvez pelo gosto ou por minha atitude.

- Luna cuspa isso. Você é alérgica a camarão - procuro sinais de inchaço nela.

Ela arqueia as sobrancelhas perfeitas em sinal de surpresa. Lentamente pega um guardanapo e cospe o pedaço do folhado. Sua expressão parece envergonhada agora.

- Desculpe Ricco. Na verdade eu não sou alérgica. Eu só detesto muito camarões, então eu digo isso, e as pessoas não insistem para que eu coma - pronuncia em tom de desculpa.

- Sério? Usted es brillante! - Hugo sorri e joga seu charme para ela que sorri de volta.

Será que estou dormindo e isso é parte de um pesadelo? Porque eu lutei tanto para a cena na minha frente não acontecer e parece que na verdade eu só ajudei os dois a fiarem íntimos. Cada atitude que tive para evitar acabou aproximando-os. Hugo tem o olhar predador enquanto Luna come e toma seu café inocentemente. Eu não posso permitir que ele fique sozinho com ela nem sequer um minuto.

Ele Vai Ser MeuWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu