Capítulo 5 - Bem vindo ao país das maravilhas.

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Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.

-Lewis Carroll

Uma semana e quatro dias antes da mensagem

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Uma semana e quatro dias antes da mensagem.

As ruas estão bem movimentadas quando Lucien e eu saímos da minha casa e caminhamos lado a lado, trocando pequenas palavras sobre eu está nervoso ou em como ele já fizera isso várias vezes. Honestamente, suas palavras não me confortaram nenhum um pouco, porém não digo isso a ele. A noite está densa e tenho quase certeza que vai chover em breve, então Lucien e eu apressamos os passos até entrarmos em uma área afastada do centro e quase não há carros ou motos passando, nem mesmo aqueles vizinhos fofoqueiros que gostam de ficar em suas janelas espiando os passos de todo mundo. Depois de mais ou menos uns quarenta minutos de caminhada intensa, encontro uma casa branca de andar, com grandes janelas transparentes e um muro branco cercando todo o local. Reconheço a casa de Josh.

Eu já tinha vindo aqui uma vez com Sam, foi justamente na primeira vez que eles ficaram. Josh havia decidido dá uma festa em plena quinta-feira, pois seus pais tinham viajado para uma segunda lua de mel. Ele convidou Sam e ela me trouxe junto em uma tentativa medíocre de me fazer enturmar com os colegas de classe. Me lembro que estava furioso por dentro quando — depois de ter pegado umas bebidas na cozinha — encontrei ela sobre o colo de Josh beijando-o. Ela sabia que eu o odiava, mas mesmo assim decidiu trocar saliva com aquela boca nojenta.

Respiro fundo uma última vez e apresso os passos indo em direção aquela estrutura grande e imponente que era a residência de Josh.
"Sem volta" penso.

— Ei, espere! — Lucien pôs a mão sobre o meu peito — Tem uma câmera na entrada.

Olho atentamente e a vejo no canto, perto da porta de entrada. É pequena e cinza, com essa pouca luminosidade da rua, devido alguns portes da rua não estarem funcionado, quase não se dava para ver. Fico impressionado por Lucien tê-la notado.

— Você tem algum plano, pra entrar? — pergunto — Porque eu realmente não tenho nenhum.

Ele mexe em seu sobretudo e retira uma cartela de adesivos com carinhas sorridentes amarelas e sorri para mim, mostrando aquela seus dentes extremamente brancos.

— Ah tá, vamos invadir uma casa com adesivos. Com certeza vai ser nada de mais, né? — disse sarcasticamente.

— Olhe e aprenda meu aprendiz.

— Ha-Ha — reviro os olhos.

Lucien começa a ir em direção ao muro branco da casa de Josh levantando o seu capuz durante o trajeto sem fazer barulho. Fico vigiando todas as casas da vizinhança para ter certeza que não há ninguém vendo o que estamos prestes a fazer. Depois de ter certeza que não avistei um ser humano ali perto, volto minha atenção para Lucien a tempo de vê-lo chegando por trás da câmera de segurança e pondo o adesivo em sua lente.

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