Pandora Moon prepara-se para uma batalha sangrenta envolvendo todos os residentes do Insanity Asylum. Com um objetivo traçado ela une forças com aliados inesperados enquanto inimigos se preparam para revidar. Agora cabe a Pan desvendar os segredos o...
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Agitada com os últimos acontecimentos, marquei uma reunião com Mavis e o grupo de Patrick em um canto do pátio principal.
— É assustador comparar, eu sei, mas foi exatamente o que vi naquela lembrança. Pompoo queria escapar do orfanato, procurou respostas da mesma forma que estamos procurando agora e ainda tem essa irmã, que não sabemos nada a respeito.
— Audrey é um nome que nunca ouvi por aqui — disse Patrick.
— Na verdade eu nem sabia que ela tinha irmãos — afirmou Alisson.
— Existem muitas coisas que não sabemos. Estou cansado de tantos mistérios, tantas mentiras — desabafou Patrick.
Enquanto a conversa prolongava, algo percorreu minha mente. Uma palavra familiar que voltou a agitar meus pensamentos. O nome Audrey não me era estranho. Apesar de nunca ter ouvido falar desta mulher antes, sinto que a conheço de algum lugar ou de algum momento da minha vida. Infelizmente minhas memórias continuavam fragmentadas. Era impossível decifrar algo antes dos acontecimentos do Insanity Asylum.
— Pessoal, não estou interessada em saber quantos irmãos essa diretora tem. Temos o essencial: Uma senha de acesso. Então vamos testa-la ainda hoje. Se realmente der certo, nós conseguiremos reunir todos os irrecuperáveis em algum lugar seguro — concluiu Mavis, interrompendo minha linha de raciocínio — Aí você poderá mostrar o lado obscuro da diretora para todos eles.
— Tem razão, agiremos logo. Independente do que Pompoo fez no passado, não vai mudar nada sobre o que ela faz no presente. A rebelião vai continuar — Afirmei.
A sirene ensurdecedora anunciara o fim do intervalo. As aulas a seguir se arrastaram ao longo do dia. Professor Oliver entrou em um assunto muito desnecessário sobre boas práticas. Algo que não precisávamos aprender no momento. Parecia que estava tentando mudar nosso foco, entupindo nossas cabeças com informações supérfluas. Por sorte, minha cabeça estava tão sobrecarregada que me deixou no piloto automático.
Fizemos muitas coisas arriscadas nesses últimos dias. Coisas que Pompoo já deveria ter descoberto, afinal ela sabe de tudo. Sinto que está por toda parte, observando, nos estudando.
Quando o professor finalmente parara de falar, a sirene estrondosa tocara mais uma vez. Olhando pelas frestas das tabuas, o fim de tarde aproximava-se junto com o crepúsculo. Seguimos para o refeitório, onde Dalva cochilava em um canto da mesa, esquecendo de servir a janta. Tivemos que nos virar, aglomerando-se perto do balde de sopas e enchendo nossas tigelas o máximo possível.
— Merendeira nojenta, nem para nos servir presta mais — resmungou Petúnia encarando Dalva e passando por mim, sentando perto de Gabriel, o novo Alfa.
— Parece que Petúnia tem um novo subordinado, vejam só — Murmurou Patrick.
— Ela é esperta. Não perde as oportunidades — Respondi a ele, pegando a tigela e despejando a sopa goela a baixo. Todos ali estavam cansados e pálidos após a árdua disputa que passou.
