Capítulo VII

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Hey guys 💕 

Estou tão feliz com a interação de vocês  na história💕 

Espero que gostem do capítulo!

Não esqueçam de votar e comentar, pois isso me ajuda muito e faz com que o livro fique mais conhecido na plataforma. #Thanks  


Capítulo VII 

I just got lost!
Every river that I tried to cross
Every door I ever tries was locked
Oh and I'm just waiting til the shine wears off
— Coldplay, "Lost".

Dias Atuais...
Fernando

Entrei em meu carro e só então voltei a respirar. Ver minha Cecília é uma coisa, ser visto por ela é outra completamente diferente.

— Inferno! — Grito ao esmurrar o volante do meu carro.

Ela não podia ter me visto. Ela ainda não podia saber que eu a vigiava de longe. Ainda não era o momento para isso acontecer!

— Porra! — Descontrolo-me e desconto minha raiva no volante.
Eu tinha tudo planejado. Tinha tudo arquitetado, mas a vida vem e me mostra mais uma vez que eu não sou merda nenhuma. Que eu não mando em nada.

— Inferno! — Grito porque gritar é a única coisa que me resta.

— Por que tem que ser assim? Por que o universo tem que me ferrar tanto? — Pergunto para quem quer que me ouça mesmo sabendo que não obterei resposta alguma.

Sempre foi assim...

A minha vida é cheia de perguntas sem respostas. Já deveria estar acostumado. Já não deveria me importar. A porra da minha vida é uma interrogação constante.

Não sei mensurar quando essa merda começou, mas sei que está longe de terminar. Não posso exigir respostas se não tenho coragem de escutá-las. Ainda não estou pronto para preencher certas lacunas. Ainda não tenho força para aceitar o castigo que a vida me propuser.

Esperança....Grande merda é ter esperança. É só mais uma mentira criada para nos ludibriar. Apenas uma ilusão para que você não desista de algo, de alguém... Grande filha da puta é a maldita esperança.

Ainda perdido em pensamentos ligo o carro e sigo em direção a minha casa. Mal estaciono já subo para o meu quarto. Faço tudo em modo automático. Sophie ainda não chegou do tal trabalho misterioso e de certa forma a sua ausência me alivia. Não quero ter que explicar o motivo por trás das lagrimas banham minha face. Não quero mais uma vez ser consolado por Sophie.  Não preciso ouvir que tudo dará certo na hora certa. Não quero consolo. Sei que ela faz para o meu bem, sei que ela se preocupa comigo, mas hoje eu só quero sofrer em paz. Quero chorar o que eu precisar chorar sem ter que me explicar.

Sinto-me cansado.

Cansado e perdido.

Tá aí a palavra da minha vida, — P E R D I D O —.

Essa sem dúvidas é a palavra que mais define a minha vida. Me perdi vinte e cinco anos atrás e até hoje não consegue me reencontrar. Perdi meu chão. Minha vida. Minha família. E o pior de tudo, perdi a mulher que eu jurei amar por todos os meus dias.

Alguém bem mais sábio que eu, disse há muitos anos que só podemos afirmar que estamos amando uma pessoa quando é nela que o nosso pensamento está antes de irmos dormir e ao acordarmos. Entendendo essa alusão, afirmo com toda certeza que há em mim, que amei minha Cecília durante toda a minha maldita vida.

Doce ReencontroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora