Inês y Heriberto

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Inês passou duas longas horas nos mais variados exames, foi colhida uma amostra para analise, ela se sentia invadida, quando não era uma era outra enfermeira que vinha apalpada.

Depois de todos os exames feitos ela passou pela recepção e fez sua ficha e reagendou seu retorno para dentro de três dias como tinha combinado com Heriberto, Inês agradeceu e logo foi para sua casa.

...

TRÊS DIAS DEPOIS...

Inês adentrou a clinica as oito em pontinho estava ansiosa nervosa e não sabia o que esperar, passou os três dias pelos cantos sem conversar muito, sempre que perguntavam o que estava havendo ela mentia dizendo que era só cansaço.

Mas a verdade é que estava em nervos e ainda teve que enfrentar Victoriano e sua petição de divorcio, tinha sentimentos não definidos e por essa razão assinou os papeis que ele trouxe.

— Bom dia senhorita, tenho minha consulta para agora as oito e dez. – Sorriu ansiosa.

— Pode aguardar D. Inês eu vou avisar que já chegou. – Sorriu e levantou indo até o consultório de Heriberto e entregando a ficha junto os exames de Inês, voltou e pediu que ela entrasse. – Pode entrar ele já a espera.

— Obrigada!

Inês tocou a porta e entrou, Heriberto já avaliava os exames dela de costas para a porta, ela entrou e fechou a porta.

— Esta tão mal assim? – Falou com um meio sorriso.

Ele virou e tirou os óculos a olhando, sorriu e estendeu a mão a cumprimentando.

— Bom dia Inês, creio eu que não seja tão mal assim! – Indicou o assento pra ela e sentou em sua cadeira.

— E então? Quanto tempo de vida me resta? Tem cura ou eu vou morrer de um dia para o outro? – O bombardeou com perguntas e ele sorriu.

— Calma Inês, os seus exames estão aqui e efetivamente você tem um nódulo no seio esquerdo ele tem 1,3 centímetros.

Inês levou às mãos a boca, seus olhos encheram de lagrimas e ela não pode controlar a lagrima que rolou em seu rosto.

— Eu vou morrer?

Ele levantou rapidamente e sentou ao lado dela e segurou suas mãos.

— Inês você não vai morrer, o seu nódulo é na verdade um cisto solido e geralmente são extraído através de uma cirurgia, não é maligno. Então você não vai morrer!

Ela o olhou.

— Você esta mentindo pra que eu não me sinta tão mal e aceite a morte de um jeito menos doloroso.

Ele riu alto dela.

— Inês, você acha mesmo que iria mentir em algo tão grave? Você tem filhos?

— Sim, dois e são a minha vida!

— Então é por eles que te digo que você vai viver e ver os netos juntos ao seu marido!

Inês abaixou o olhar, mas depois de um suspiro voltou a olhar ele.

— Vou viver pra mim e meus filhos! – Sorriu.

— Essa é a melhor forma de viver Inês. – Sorriu. – Agora eu vou te explicar tudo que vamos fazer a partir de agora e desde já te digo nada de consultas sozinhas. – Secou as lagrimas dela.

Heriberto começou explicar a ela tudo que seguiria a partir dali e foram pouco mais de uma hora em que os dois estiveram ali juntos conversando, ele explicando todas as duvidas dela e por fim se despediram daquele dia em que a esperança fora restaurada no coração daquela bela mulher que tinha o mais lindo sorriso.

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