"Garçom, mais uma por favor."
E era assim que ela estancava o sague das feridas outrora reabertas,
Esquecia as dores,
Esquecia aquele amor falido
Aquele outro não correspondido.
Esquecia aquela amizade que se afastou
E fazia novas.
Era alí, no álcool, que ela encontrava uma saída.
Saia do mundo cão
Saia da família problemática
Saia das brigas
Saia das decepções.
Mergulhava em algo mais profundo
Tão profundo que a destruía de dentro pra fora.
E foi assim
Que o amor dela virou o álcool
Sintomas e resultados parecidos.
E é assim,
Que aos poucos ela vai se matando.
Ela tem medo da dor.
E o álcool não dói.