Bond

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      Por mais que todos os anos as festas que eu fosse mudassem muito, seja no tema, decoração, cardápio, ou convidados, para mim, era inevitável que as visse como a mesma coisa

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Por mais que todos os anos as festas que eu fosse mudassem muito, seja no tema, decoração, cardápio, ou convidados, para mim, era inevitável que as visse como a mesma coisa. Sempre.

Ao descermos da limusine para o tapete vermelho, vi Nathan me fitando com aquele seu olhar apreensivo. Havia prometido a ele que dessa vez, não haveria confusões, como a que tinha arrumado em Milão, quando acabei brigando com um outro modelo. A notícia ia se espalhar pelo país inteiro, se Nathan não tivesse pagado uma nota para que a matéria não saísse do papel.

Sim. Era ele que tinha acesso a todas as minhas contas bancárias, já que Devon não me confiava com dinheiro em mãos. Meu irmão sempre teve muita confiança em mim. Essa era uma das coisas que nos unia como irmãos, a confiança.

Não precisei caminhar muito por aquele espaço para ver que a elite australiana se encontrava toda ali. Velhos gordos alcoólatras e velhas lutando contra a idade constituíam a maioria dos presentes. Os Turner ali eram a única exceção, e não era muito difícil deduzir tal coisa. Fui até o bar e pedi um copo de Whisky. Duas doses. Precisava beber para aguentar aquela noite.

– Mas vejam se não é Dylan Turner! – Denise Sparks, mãe de Kimberly e minha sogra altamente chata, se aproximou em seu vestido berrante, sem sorrir direito devido à quantidade de botox que tinha na cara. – Quando Kimberly me disse que voltou, realmente não acreditei.

– Olá Denise. É um prazer vê-la novamente. – Não. Não era mesmo. – Sim, senti que era a hora de voltar para casa.

Ela riu, bebericando seu champagne, como se me estudasse.

– Não há nada que possa me adiantar? Vamos garoto, o que aprontou dessa vez? A polícia está na sua cola?

– Me deixe em paz. – Pedi, não fazendo questão de ser educado, me afastando daquela mulher altamente repugnante.

– Já sei. É a máfia? Dylan Turner com problemas na máfia? Ia dar um ótimo tema para o Gossip Show, não acha? – Ela provocou, me seguindo.

– Sabe o que também ia? A quantia enorme que sumiu da emissora. Seria uma coincidência que você trocou de mansão exatamente na mesma época? – O sorriso dela sumiu. – Pois eu acho que seria muito mais interessante esse tema para o seu programa de merda.

Bati com meu ombro propositalmente em sua taça, que se quebrou em mil pedações no chão. Nathan passou a andar ao meu lado, bebericando um pouco da mesma bebida que Denise estava tomando.

– Toma cuidado, Turner. Tudo que você não quer é ser inimigo de Denise Sparks. – Ele me puxou pelo braço para o canto, onde pudemos conversar sem ouvidos curiosos ou longe do alcance dos fotógrafos. – Aqui tem muita gente poderosa, cara. E sabe o que motiva todas elas? Grana. Todos aqui estão ansiosos para passar a perna nos Turner e colocarem as mãos nesse império. Tudo que querem é uma brecha para tirar você e seu irmão do caminho. Não pode demonstrar nada a eles, nem raiva, desconfiança e principalmente deixar transparecer o que aconteceu na Itália, entendeu?

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