Capítulo 28

370 62 3
                                    

Alejandro

"Eu sabia."

"Você devia contar para ela."

"Apesar de homens não prestarem eu apoio vocês dois."

Essas foram as palavras de Mary, depois que contei sobre a confusão que estava sentindo. Eu já tinha quase certeza de estar me apaixonando, mas era difícil admitir.

Eu e minha irmã fomos de moto até o Deluxe. Meus pensamentos estavam a mil. Comecei a refletir os momentos que havia compartilhado com Marjorie. O boliche, o casamento, no bendito casamento em que comecei a ficar viciado no beijo dela.

Eu gostava das minhas antigas namoradas, mas pela primeira vez, sentia uma necessidade diferente de estar com aquela mulher. Por mais bizarro que seja, como se ela fosse algo certo na minha vida.

Foi a partir de tudo isso que acabei tomando uma decisão.

Lembrei da casa de Leonardo, ele havia me emprestado para caso precisasse. Ainda que Leo pensasse que eu iria fazer uma bela festa, com direito a chamar muitas pessoas, os planos meio que mudaram. Sim, no meio dos planos apareceu Marjorie. Então pensei, por que não usar a casa para conversar com ela?

Confesso que pensei em desistir enquanto jogava com Andrew. Eu e ela brigávamos muito, por qualquer motivo, me questionei se aquilo daria certo.

E ainda tinha Louis. Talvez ela gostasse dele, e resolvesse que ele era o homem da vida dela.

Porem a dúvida se dissipou quando a olhei. Algo me dizia que ela ia ser minha. Esse era um dos meus maiores desejos.

Esperei até que ela terminasse de cumprir o turno no serviço. Já que Estela não cumpria direito sua parte. Ao invés de ir trabalhar saía para encontros. Que pelo que fiquei sabendo eram com Gabriel, o irmão da Jenni. Ele próprio havia me falado sobre isso.

Mas voltando ao assunto, caramba, cozinhar com a Marjorie foi difícil. Ela não parava quieta, até inventou de fazer uma sobremesa. Que estava deliciosa, só para deixar bem claro.

Sempre fui muito bom em conversar e criticar. Mas quando resolvi contar a ela, acabei me sentindo nervoso. Comecei a falar mas acho que ela não entendia nada. Mas a diabinha estava se fazendo de boba. De sonsa ela não tinha nada.

Mesmo assim, ela relutou um pouco. Cogitei a possibilidade de Marjorie ter sido infeliz em seu casamento. Já estava me preparando para levar um "Não". Dela eu esperava qualquer reação maluca.

Acabou que ficamos meio enrolados. Em meio a muitos beijos, então para que reclamar?

Nós nos beijamos em cada canto da casa. Ela me obrigou a lavar e secar a louça enquanto comia a sobremesa. Dessa vez, ela ficou quietinha e não reclamou. Esperta como uma raposa.

Mais tarde estávamos mortos e exaustos de cansaço. Marjorie ficou indecisa sobre dormir na casa de campo. Sua preocupação era deixar Nicholas, mesmo estando com a babá, Jojo disse que, quase nunca ficava longe do filho.

Ligamos e avisamos Katy. Finalmente vencida pelo sono Marjorie me abraçou pelas costas e dormiu.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

Nem preciso dizer, que fui acordado por alguém muito mal-humorada. Comecei a rir quando Marjorie resmungou. Seu celular havia despertado, e ela parecia estar em um relacionamento sério com os cobertores.

— Ei, seu filho está te esperando.

Fiz cócegas em seu corpo, ela gargalhou. Então se debateu feito louca e caiu da cama. Juro, que tentei segurá-la.

— Argh! Você me paga ouviu. Que boa maneira de acordar uma dama.

Sorri com sarcasmo.

— Que dama boazinha. Dorme mais que a Cinderela. Ou bela adormecida. Nem parece que adora brigar. Ah, me poupe.

Ela me olhou ofendida.

— Vou ao banheiro. Tomarei um banho para irmos.

Eu precisava cuidar da clínica. Marjorie sorriu.

— Claro, amor.

Levantei da cama e durante o caminho senti o impacto do travesseiro em minhas costas. Ela começou a gargalhar.

— Eu avisei.

Resmunguei. Essa mulher não tem jeito mesmo, aonde fui me meter.

°°°°°°°°°°°°°°°°

Mais tarde, fomos com o carro dela. Jojo havia pedido a alguém para leva-lo, ela não curtia muito a adrenalina da moto. Aceitei pois estava muito feliz.

— Alejandro. Você conhece o meu jeito de ser. Sabe que se formos ficar juntos deverá haver confiança e compreensão de ambas as partes.

Comentou quando paramos no semáforo. Assenti, ela já tinha deixado isso claro.

— Eu sei, digo o mesmo. Você conhece o pet shop, não é? Há um alto índice de clientes que são mulheres.

Meio desconfortável ela sorriu.

— Que bom, estou feliz cm tudo isso. Nós passamos por dramas complicados e...

Parei-a com o gesto. Olhei firme em seus olhos, queria transmitir confiança.

— Esqueça o passado. Confie em mim, nós vamos ser felizes.

Apertei sua mão e ela fez o mesmo com a minha, esperando que o sinal abrisse.

CONTINUA...

N/A: Meninas, sei que é meio cedo para perguntar mas, se eu postasse outra história vocês leriam ? E se eu postasse no amazon vocês comprariam? Sejam sinceras, e espero que esteja gostando.

Sorte no Jogo Azar no Amor - Completo  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora