Capítulo 28 - Veneno

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Nota da autora mais feliz desse mundo: GENTE! O que foram os comentários no último capítulo?? Não parava de chegar notificação e eu comecei a endoidar! Vocês são demais mesmo, hein? Fiquei feliz demais, juro juradinho. Enfim, demorou mas saiu. Olha o novo capítulo ai. Obrigada por existirem, seus lindos <3

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Estou em um penhasco.

Escuto o som do vento, mas não o sinto. O céu está escuro e vejo estrelas pintando-o em pigmentos prata. Meus pés descalços estão dentro de uma poça cristalina de água. Tento tirá-los de lá, mas não consigo me movimentar. Me remexo desesperada quando vejo alguém passar zunindo por mim.

Jane corre na direção do penhasco depressa e pula. Grito por ela, mas já é tarde demais. Ajoelho no chão e choro silenciosamente. Logo depois vem Dylan e faz o mesmo. Sinto meu coração se despedaçar e uma dor horrível se alastrar pelo meu peito. Mesmo estando longe escuto o som dá água feroz lançando seus corpos sem vida contra as rochas.

Acordo tremendo.

Passo a mão pelo rosto suado a fim de tirar as sombras do pesadelo. Sento e olho para James ainda dormindo do meu lado. Ele parece nem notar que eu estava me remexendo. Seu peito sobre para cima e para baixo em uma respiração calma.

Suspiro.

Ainda escuto o som violento da água, misturado aos uivos do vento.

Olho para o lado e vejo água do mar entrar na caverna. As ondas altas estão sacudindo contra as rochas e se chocam contra o paredão. O tamanho delas me assusta então levanto alarmada. A água entra depressa.

-James! - o chamo, me abaixando para sacudi-lo. Ele acorda assustado e me olha com uma expressão confusa.

-O que foi? - resmunga com a voz sonolenta. Antes que eu possa dizer uma onda de uns três metros entra na caverna e somos lançados contra a parede do fundo. Sem conseguir me agarrar em nada, bato o corpo e sinto meu braço doer muito. Percebo que estou mergulhada na água e procuro a superfície. Vejo James fazer o mesmo no mesmo momento que ela recua e nos leva junto. Ele me segura e esperamos a água sair, mas ela não faz.

Escuto um trovão. A maré deve estar muito alta por causa de uma tempestade do lado de fora.

A agua bate nos meus joelhos dentro da caverna.

-Precisamos sair daqui! - digo. Puxo a manga da minha camisa tentando ver o que dói e me assusto a ver a região onde fui acertada com o dardo está duas vezes maior do que deve ser. Além disso está vermelho e a pele aloja bolhas de pus. Toco com o dedo a bola e sinto meus olhos encherem de água.

Mas o que é isso?

Procuro por mais ferimentos no meu corpo e só consigo localizar um arranhão na minha coxa com sangue. Olho para James e ele tem o mesmo corte na testa.

Avisto outra onda vir em nossa direção e James coloca a mão na frente do corpo.

A onda para onde está, quase nos atingindo. James a empurra com as mãos e a onda recua para trás. A caverna agora está mais cheia e a água bate na minha cintura. James joga a água para fora, mas ela volta a encher com rapidez.

Ele faz um movimento brusco e consegue tirá-la mais uma vez. Enquanto ela não enche ele vira para mim e pergunta espantado:

-O que é isso no seu braço?

Puxa minha manga com cuidado e dá um passo para trás quando vê o ferimento. Está realmente muito feio e sinto um nó na garganta só de imaginar o que pode ser.

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