Capítulo 26

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Sem Revisão
**Boa Leitura**


Ária

Todos ainda me olham ansiosos e nervosos até eu diria.

__ Eu... __ Respiro fundo fecho os olhos e sinto um sorriso brotar em meu rosto __ E claro que aceito. __ Todos batem palmas e sorriem, o alívio e perceptível nos rostos de todos que estavam ali presentes.

Mark se levanta e me abraça firmemente, logo em seguida todos me abraçam e logo já estamos na nossa mesa, David chega acompanhando da bela negra que estava ainda pouco de mãos dadas.

__ Parabéns meu amor, tudo de bom na sua vida e que você seja muito, muito, muito feliz. Tanta coisa você já passou, agora merece o melhor. __ David sussurra em meu ouvido ao me abraçar.

__ Dav, eu te desejo o mesmo meu amigo, obrigada de coração, e prepare-se. __ Sorrimos.

__ Quero que conheça minha namorada. Topanga. Ela é africana e tem 28 anos.

__ Você é muito linda Topanga. Meu Deus, parabéns por essa beleza indescritível. E por aturar o Dav.

__ Oh, muito obrigada, eu te desejo tudo de bom, e obrigada por cuidar de David por mim. __ Ela fala com um sotaque um pouco arrastado.

__ Ah claro ele só vai ter que me explicar o porquê de só me apresentar você agora.

__ Topanga só veio morar aqui essa semana. E você esteve tão ocupada que até me esqueci.

__ Oh, tudo bem. Depois eu te ligo, troquei de número, depois te explico tudo.

__ Claro, claro __ Ele cumprimenta todos da mesa e eu os apresento Topanga, e todos ficam igualmente encantados por sua beleza __ bom agora vamos deixa-los e espero que tenham uma boa noite. E ah. Hoje o jantar de vocês e por conta da casa. Parabéns.

__ Topanga foi um prazer conhecê-la, espero que venha nos visitar com o Dav, que vive me prometendo desde que eu mudei e isso deve ter quase dois anos.

__ Claro, irei arrasta-lo até lá se for preciso __ Ela ri amavelmente para mim __ Bom, felicidades a vocês e parabéns. Vamos David? __ Topanga fala educadamente. Ela é alta deve ter seus 1,80 metros tem um cabelo bem cacheado quase crespo e um sorriso embriagador.

Depois de se despedirem David e Topanga vão rumo a cozinha ainda de mãos dadas.

Nosso jantar foi maravilhoso, ficamos até mais tarde conversando e rindo, tudo estava se encaixando perfeitamente bem. Antes de ir embora Nathaniel me chama em um canto:

__ Eu descobri que o vagabundo que agride a Aimee e alguém que conhecemos, só não tenho o nome do infeliz ainda.

__ Nos conhecemos? Soa um pouco vago. Quem poderia ser?

__ Também já morri de tanto pensar mais até agora nada.

Antes que eu responda meu celular vibra. Eu o capturo na bolsa e vejo uma nova mensagem.

Você não pode fugir pra sempre minha linda, quanto menos você fugir melhor será.

Minhas pernas ficam moles e Nathaniel me olha curioso.

__ Tudo bem Ária? __ Pergunta segurando-me levemente pelos braços.

__ Nathan __ Minha voz e um sussurro __ A m-mensagem. __ Falo com dificuldade.

Ele pega meu celular gentilmente e lê a mensagem.

__ Você já contou para o Mark?

__ Não. Ele surtaria. Eu não posso, eu... Vou pedir para trocar de número de novo.

__ Isso não vai adiantar muito não Ária. Você precisa contar para o Mark.

__ Eu... Tudo bem, só... Só hoje não. Hoje é um dia de felicidade, não quero estragar-lo com uma coisa boba.

__ Não é uma coisa boba. Mais tudo bem, vamos voltar, daqui a pouco o Mark já aparece com ciúmes.

Rimos e nos encaminhamos para onde todos estavam.

✒✒✒✒✒✒✒

Mark

Quando eu acordei hoje decidi que o que a Ária e eu tínhamos já não estava me sustentando, eu queria mais, uma coisa mais séria do que apenas um namoro. Eu percebi que não estou e nem vou ficar pronto nunca para deixa-la, seria demais para mim, meu maior medo é perde-la e simplesmente não poder sentir seu cheiro maravilhoso, seus cabelos pretos e sedosos, seu corpo que se molda perfeitamente ao meu a forma como ela chama o meu nome quando está quase chegando no seu ápice. Eu a amo. Porra, eu pensei que jamais fosse me sentir assim.
Quando eu vi aqueles projetos de homens olhando para a minha mulher, eu me senti um maldito homem das cavernas. O que eu tinha planejado era pedi-la em casamento na nossa banheira depois de uma sessão deliciosa de sexo, mas mudei de ideia na hora.
Eu não posso suportar que qualquer outro homem a toque. E isso era culpa daquele maldito vestido que ela usava, não tinha necessidade de tanta abertura. Uma fenda imensa na coxa, um decote generoso e ainda as costas de fora. No momento em que eu a vi senti minha ereção e pus a mão no bolso para dar uma disfarçada, aquele maldito vestido. Ela fez de propósito, sabia que eu ia reagir de tal forma e mesmo assim continuou como se nada tivesse acontecido.

Chegamos em casa e tudo que eu queria para recompensar era um bom sexo. Nada de louco. Só fazer amor lentamente para sentir cada pedacinho dela.

__ Esse vestido nunca mais __ Falo assim que chegamos ao quarto. Lilly está na casa do meu pai então temos passe livre __ Viu o que ele faz comigo?

__ Eu não vou deixar de usar meu vestido porque você age como um louco incontrolável. Vai ter que se acostumar, não vou sair por aí parecendo uma mendiga. __ Resmunga livrando-se do meu toque.

__ Não. Não faça isso.

__ Isso o que?

__ Se afastar, sabe que não posso mais viver sem você, acho que você me enfeitiçou.

__ Há há! Tá me chamando de bruxa agora?

__ Longe de mim. Ah minha menina, o que eu faço pra tirar esse poder que tem sobre mim?

__ Que tal uma... __ Para de falar e sorri maliciosamente.

__ Desse jeito eu vou e apaixonar mais.

Nós dois rimos e quase que em um passe de mágica já estamos na cama lutando para nos liberarmos das peças de roupa que nos prendem.

Depois de uma hora e meia de pura intensidade caímos os dois exaustos na cama e a Ária logo se aconchega nos meus braços e dorme tranquilamente.

Por algum tempo não sei, talvez dez ou vinte minutos eu fiquei parado só velando pelo seu sono, ela parecia diferente, as vezes eu a notava meio que preocupada. Bom mais do que o normal. Principalmente depois da morte de Margot.

Eu não consigo acreditar que ela tão nova já tenha passado por tanta coisa, assumir a responsabilidade de uma criança aos dezoito anos, desistir do seu sonho, assumir a presidência de uma empresa enorme e ter que lidar com a perda da pessoa que desencadeou todo o seu processo de crescimento. Eu a considero forte, muito forte, e só depois que eu descobri o real motivo por trás da sua paranóia com a filha. No começo eu não entendia o porquê de uma criança de cinco anos fazer aula de boxe com tamanha intensidade, e algumas vezes até burlei as regras dela e não levei a Lilly para as aulas, mas agora eu vejo que isso tudo é medo, tudo não passa de uma máscara para o medo que ela sente em pensar que talvez a Lilly possa passar pelo que a mãe passou.
Deus, eu jamais permitiria isso. Eu iria no inferno se fosse preciso para impedir que a minha filha passasse por uma coisa terrível dessas.

Depois de muito pensar meus olhos pesam e eu a puxo para junto de mim na tentativa de protege-la do mundo e então me entrego ao cansaço.

Doce Desejo ( Completo )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora