CAPÍTULO 36

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A atmosfera do restaurante era de pura emoção quando Victor mostrou uma caixinha preta e abriu, revelando dois anéis deslumbrantes. Um deles continha três pedrinhas de brilhante e dentro de cada anel estavam gravados os nossos nomes.

-Debora, casa comigo?- A voz de Victor tremia, seus olhos transbordavam de nervosismo enquanto eu sentia as lágrimas inundando os meus próprios olhos.

-Sim! Caso, meu amor!-Minha voz saiu embargada, repleta de emoção. Victor deslizou a aliança no meu dedo, e eu fiz o mesmo com a dele, nossos olhares se encontrando em um abraço apertado. As lágrimas escorriam involuntariamente pelo meu rosto. -Eu te amo, Victor!

-Também te amo, Dona Debora!- Um sorriso radiante iluminou o rosto de Victor, que me abraçou e me beijou apaixonadamente.

Os aplausos ecoaram por todo o restaurante, celebrando aquele momento único e especial que marcava o início de uma nova jornada juntos.

(...)

Ao retornarmos para casa, minha felicidade transbordava de maneira avassaladora. Cada passo que dávamos no caminho era como uma dança de celebração pela nova etapa que se iniciava em nossas vidas. No entanto, a exaustão se fazia presente, a enorme barriga pesava como chumbo em meu ventre.

Desabei no peito acolhedor de Victor, sentindo a segurança e o amor emanando daquele abraço. O cansaço se misturava com a euforia, e lentamente fui sucumbindo ao sono. Meus olhos se fecharam, minha respiração se acalmou, e adormecemos juntos, envoltos em um silêncio reconfortante e cheio de expectativas para o futuro que nos aguardava.

(...)

Ao despertar no dia seguinte, me vi cumprindo minha rotina matinal habitual. A fome que me consumia era tão intensa que eu me sentia como um zumbi, ansiando por alimentos que me nutrissem e me revitalizassem.

Ao adentrar a cozinha, fui saudada por uma cena reconfortante: a mesa farta, repleta de iguarias preparadas com todo o carinho por minha adorável sogra e tia. O amor e a preocupação delas transpareciam em cada detalhe, aquecendo meu coração.

-Acordou, mamãe?- Minha tia me cumprimentou com um beijo suave em minha bochecha.-Dormiu bem?

-Sim, sim!- Respondi com um sorriso. -Só estou com muita fome.

Minha sogra, sempre atenciosa, intervém: -Então, sente-se e sirva-se. Victor já foi trabalhar, mas pediu que cuidássemos muito bem de você e da pequena.

Enchi meu prato com um pouco de cada prato preparado, consciente de que a pequena dentro de mim também devorava avidamente qualquer alimento disponível. Comi até saciar minha fome voraz, sentindo-me plenamente satisfeita.

Após o banquete matinal, decidi relaxar um pouco e me acomodei diante da televisão, permitindo-me desfrutar de um breve momento de tranquilidade antes de enfrentar as demandas do dia que se iniciava. A sensação de ter uma família amorosa e acolhedora ao meu lado me envolvia como um manto reconfortante, preenchendo meu ser de gratidão e felicidade.

(...)

Durante a tarde, o tédio absoluto que me consumia foi repentinamente interrompido pelo som da campainha. A voz animada de dona Inês, minha alegre sogra, ecoou pela casa anunciando a chegada de visitas especiais.

Anje, Tamara e Andreia adentraram a sala carregando uma panela de brigadeiro e diversas guloseimas tentadoras, além de sacolas misteriosas que despertaram minha curiosidade crescente.

-Pra que tudo isso?- Questionei, desconfiada do propósito por trás daquela invasão repentina.

Anje, sempre a mais desinibida do grupo, revelou o desafio que nos esperava: descobrir o conteúdo de cada presente sob a condição de sermos cobertas de batom caso falhasse.

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora