Parte 17 - Andréia

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O Di era um perfeito cavalheiro e não tocou mais no assunto. Embora eu realmente quisesse que ele tocasse naquele assunto. Resolvi não contar nada a ninguém. A Su ia dizer que eu era louca. E ela não precisava me dizer isso. Eu já tinha percebido que tinha feito bobagem.

E para as meninas do trabalho, resolvi não contar nada. Acho que contar que eu havia ficado quase nua na frente do senhor multinacional, multilindo, não ia fazer bem. A Bel ia ter um ataque de máximo, máximo, máximo, e a Carmen ia dizer que eu não tinha amor ao meu trabalho. Preferi ficar quietinha na minha. Sem falar que eu ia ter que explicar a história da Cínthia, e eu acho que o Di não merecia isso. Ele não merecia o que ela tinha feito, e nem que mais alguém soubesse de toda a história. Devia ser humilhação demais.

A decoração nova do apartamento já estava quase pronta na sexta-feira à noite.

- Podemos terminar amanhã? – perguntou o Di, quando me deixou em casa.

Não. Podemos começar amanhã? O que você acha?

- Claro. – respondi.

Ele riu, deu tchau e voltou para o carro. Ok. Eu sei que tinha dito que ia dar um tempo e tudo, mas eu não aguentava mais. O cara era lindo, um fofo, perfeito. E ficava falando aquelas coisas, me olhando daquele jeito, e ele não tinha decidido vestir uma camiseta enquanto a gente pintava. Era demais para mim.

***

 A campainha tocou e corri atender. O Di devia ter chegado.

Não! Nem pensar!Tentei fechar a porta, mas não consegui. O Lucas era muito mais forte que eu. Que droga. O que ele fazia ali de novo?

- Quer dizer que você pediu para o seu amiguinho veadinho ferrar comigo? – disse ele, segurando meus braços e me empurrando para dentro de casa.

Não. Eu não pedi nada. Você é que foi um babaca e merecia muito mais do que limpar alguns banheiros.

- Você não devia ter feito isso, Andréia. A gente vai precisar ter uma conversa muito séria. – disse ele.

Que droga! Eu ficava tentando me soltar, mas ele era muito maior que eu. Desde quando o Lucas era forte daquele jeito? Ele era sempre um molengão preguiçoso. Droga! Por que a Su e a minha mãe tinham saído? Tentei pensar nas opções que eu tinha. Se tentasse gritar, ele poderia tapar a minha boca. Então gritar não era uma boa opção. Olhei para os lados e então eu vi.

O Di veio correndo, puxou o Lucas para trás e deu um soco no Lucas, que fez com que ele caísse no chão. Eu queria falar alguma coisa, mas não conseguia. O Lucas estava estirado no chão, enquanto o Di gritava sem parar.

- Se você encostar nela de novo, se você olhar para ela, se você pensar nela, eu acabo com você. Você me ouviu?

- Di, para. Por favor!

Justa CausaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora