Introdução

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Dedicatória

Dedico esta história a todos que tem na família um histórico de suicidas.

Em especial a uma grande amiga.

 "J.C. o mundo era pequeno demais para você que tinha um coração grande demais''


Introdução

Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: as perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero.

Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos. Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades surgem.

Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo.

Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar. Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair...

E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás. Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade.

Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda, tememos dizer-lhe isso. Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vovó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobreo assunto.

Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos.

Ah! Os sonhos! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo. Aí, de repente, caímos na real!

Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade.

Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo.

Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais?

A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado.

é O NATURAL DO SERHUMANO É ISTO?

—SERGERADO, NASCER, CRESCER, ENVELHECER E MORRER.

Compreender que estamos de passagem, que não viemos para ficar sentados, vendo avida passar, mas sim evoluir enquanto estamos aqui.

Se encontrarmos razões para viver, por nós mesmos sem dependências emocionais, estaremos no caminho certo.

Viver faz parte da existência. E quando compreendermos isso, a vida ficará mais fácil de caminhar por ela. Valorizar a vida está ligado ao nosso criador, pois quando não temos Deus como nosso criador, a vida perde o valor, ficamos como um barco a deriva, sem direção, desgovernado.

Nascemos para ser feliz, não existe uma sentença sobre nossas cabeças nos amaldiçoando para ter tudo de ruim, precisamos encontrar caminhos alternativos, quando alguma coisa não está dando certo, sem desespero e no nosso tempo, sem pressão de fora.

A nossa vida, é responsabilidade só nossa, e o que fizermos com ela, apenas nós seremos os responsáveis perante Deus.

Por isso faça valera pena esta jornada, viva bem, e agrade a você, você é o protagonista da sua história, ninguém mais.



Diário de Uma SuicidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora