Capítulo Vinte e Sete: Noah.

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"If you could see inside my heart then you'd understand. I'd never mean to hurt you. Baby, I'm not that kind of a man. I might not say "I'm sorry". Yeah, I might talk tough sometimes and I might forget the little things or keep you hanging on the line. In a world that don't know Romeo and Juliet, boy meets girl and promises we can't forget." I'd Die for you, Bon Jovi.

" – Fala aí, gostoso – A voz rouca de Sadie me assustou. Sua boca estava tão perto da minha orelha que podia senti-las roçando em minha pele. Um arrepio percorreu todo o meu corpo. A morena tinha essa capacidade; de me fazer corar, ficar sem graça, ficar bobo e fazer com que minha pele ficasse toda arrepiada. Suas costas bateram na parede ao lado do meu armário. Seu sorriso era lindo. Sadie era maravilhosa quando sorria, seus olhos verdes brilhavam.

Então, saiu de sua posição e foi guardar o livro de física que tinha à mão. Por ironia e sorte do destino, nossos armários eram quase um do lado do outro em uma parte meio escondida de nosso corredor, bem no final, onde quase ninguém ia. A não ser que tivesse um locker por ali.

— O que você está fazendo aqui? – A pergunta era idiota, mas eu ficava meio descontrolado quando ficava perto dela.

— Guardando meu livro de física – Olhou para mim e riu – Poxa, Cachinhos de ouro, pensava que você fosse mais inteligente.

— Admite, Sadie – Fechei meu armário e a encarei. A menina mexia nos livros dentro do seu – Você estava louca para me ver.

— O quê? – Bateu a porta – Você se acha demais, mostro – Trancou o armário – E o que te leva a pensar isso? – Ela não esperava a minha atitude, mas a virei imprensando-a contra a parede. Minhas mãos tocavam o armário por cima de seu ombro, tornando impossível sua fuga.

Seus olhos verdes eram incríveis.

Sadie parecia uma boneca de porcelana da coleção de minhas primas pequenas. Com seu cabelo escuro, sua pele clara e seus olhos verdes. Era tão pequena e tão frágil que parecia que se quebraria em meus braços com apenas um toque. Mas ao mesmo tempo era a pessoa mais desejável que já vi na vida. Tinha vontade de beijá-la, de tocá-la, de estar perto dela. Sentia-me bem ao seu lado.

— Vai ficar aqui até me dizer a verdade – Suspirei – E olha que eu sei quando está mentindo.

— E como você sabe? – Me indagou.

— Não posso te dizer minhas armas – E era verdade, sabia que Sadie mordia a parte direita do lábio inferior por uns três segundos toda vez que mentia. A menina cruzou os braços e riu cínica.

— Agora, Cachinhos de ouro – Se aproximou – Você que se diz tão esperto... – Me provocou – Quem te disse que quero falar a verdade? – Pegou o colarinho de minha blusa – E quem te disse que quero sair?

E simplesmente me beijou. Sadie me surpreendia cada dia mais e desde que desmaiei que estava assim. Sempre fora enigmática e misteriosa, mas agora, triplicou.

E eu adorava isso.

Adorava descobrir cada parte de Sadie, cada riso, cada palavra, cada toque e cada beijo. Ela não estava muito contente porque voltei a nadar. Não estava mesmo, queria que eu tivesse feito o que seu médico mandou e descansar por muito tempo, só que isso seria impossível.

Girei nossos corpos e me apoiei nos armários. Sadie estava colada em mim, não tinha uma parte nossa que não se tocasse. Suas mãos vagavam por meus cabelos e cada vez que se encostavam a minha pele sentia o mesmo arrepio. Diferente das minhas que a traziam mais contra mim e caminhavam por suas costas. Nossas línguas pareciam que já conheciam sua luta, aprofundando ainda mais o beijo.

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