Capítulo 1

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Essa história vai ser repostada e terá um capítulo por semana até estar completa

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– Filha, precisamos ter uma conversa. – foi o que a minha mãe disse ao entrar no meu quarto e abrir as cortinas para me forçar a levantar da cama.

Era sábado de manhã e depois de acordar cedo durante todos os dias da semana, tudo o que eu desejava era dormir.

– Amanhã é o teu aniversário de 18 anos e há coisas que você precisa saber.

Ouvir isso me deixou curiosa e me deu ânimo suficiente para que eu pelo menos abrisse um dos meus olhos.

– Que coisas, mãe? – disse numa voz preguiçosa enquanto esfregava o rosto para tentar fazer o meu segundo olho abrir.

– Coisas que eu já adiei por tempo demais, mas que você precisa saber.

– Que coisas? – repeti, me sentindo um pouco mais desperta.

– Você precisa usar esse colar e não pode nunca se separar dele a partir de amanhã. Nunca. Jamais. Entendeu?

– O quê? – fiquei bastante confusa ao pegar na mão o colar que ela me estendia.

Sua textura era diferente de tudo o que eu já tinha tocado e ele era bem mais leve do que parecia. Era prateado e se assemelhava a um metal comum, mas só de tocá-lo eu soube que ele não era um metal comum. E aquela pedra azul, presa à gargantilha, era linda e não parecia com nada que eu já tivesse visto antes.

– O que é isso, mãe?

Era como se eu conhecesse aquele colar, ele era semelhante ao que eu sempre via no pescoço da minha mãe, só que ela nunca tinha me permitido tocar nele antes. E a pedra do dela era roxa e, além do formato, não parecia em nada com a minha.

– É algo para controlar teus instintos.

– Que instintos?

– Amanhã, quando você fizer 18 anos, algumas coisas irão mudar se você não estiver com esse colar. Por isso, você não pode retirá-lo nunca.

– Mas, mãe... Ele é lindo demais e bastante chamativo. E se alguém tentar roubá-lo?

– Não permita isso, filha. Você não vai encontrar outro igual a esse.

– Como eu não devo permitir? E se alguém encostar uma arma na minha cabeça, por exemplo, o que eu devo fazer?

– Sem o colar, você vai ser capaz de lidar até com uma arma na cabeça. Confie em mim. Faça de tudo o que for preciso, mas pegue o colar de volta.

– Você quer que eu reaja um assalto? – perguntei, chocada – Mas você sempre disse que isso era algo perigoso!

– Era. Até que você completasse 18 anos, era. Agora você vai ser perfeitamente capaz de se defender, sem o colar.

– Mas, mãe... – eu resmunguei – Isso não faz sentido!

– Filha, para a tua própria segurança, não posso te contar mais nada. Só não tire nunca esse colar. E deixe-o escondido para que ninguém o veja. É o mais seguro a ser feito.

– Hoje o Daniel vai me levar a uma boate, mãe, para comemorar os meus 18 anos. Vamos entrar depois da meia-noite.

– Eu sei. – ela disse e logo pareceu pensar em algo. – Lila, quando você se sentir em perigo, por qualquer motivo, você deve se lembrar de tirar o colar. Desde que não o perca de vista. Aliás, nunca o perca de vista. Isso é muito importante.

Super Lila - CompletaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora