UM

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DÉBORA

— Emily não bagunça esse quarto. Você depois não vai querer arrumar. — Gritei da cozinha em quanto fazia o lanche deles.

— calma mamãe, depois eu arrumo.

— Quero só vê heim.

Minha vida mudou muito nesses quase seis anos.

Emily é meu orgulho, ela foi um milagre na minha vida. Não tive a terceira gravidez, na verdade Emily e o João Pedro são gêmeos, descobri nas últimas semanas de gestação que viria mais um, e que era uma menina.

O terceiro quarto da casa que era pros hóspedes ficou pra ela, em quanto os dois homenzinhos da casa dividem o que de início era só do Gui.

Se me perguntarem como é ser mãe de três, direi que é muito difícil, ainda mais pra mim que mal aprendi a cuidar do Guilherme e já descobri a segunda gestação, mais hoje, digo que sem eles minha vida seria um vazio.

— Oi meu amor? — Edu me abraçou por trás.

— Oi Edu. — Ele deu um beijo no meu pescoço.

— Deixa que eu te ajudo. — disse pegando as coisas pra botar na mesa.

— Guilherme, João E Emily venham lanchar.

Só ouvi alguns brinquedos indo ao chão e a gritaria de quem ia chegar primeiro.

— Sem bagunça.

— É quaze impossível eles não fazerem bagunça. — estávamos abraçados olhando eles comerem

— Ô mamãe? — Pedro me chamou.

— Oi?

— Tavo eu e o Guigui querendo ir na pracinha.

— Eu num disse nada! — Guilherme se defendeu.

— Safados! — Emily se exaltou. Arregalei os olhos. — Eu ovi eles falarun sim que ia i no parque.

— Aonde você aprendeu essa palavra garota? — A olhei séria.

— Com a titia Sandra.

— Mais não pode. Não pode repetir o que adulto fala. Adulto é adulto e criança é criança.

— Eu sei mamãe, mais quanto mais eu aprendo mais tenho sabedoria.

Olhei assutada pra Edu. Ele deu de ombros.

— Vá.. Vamus no parque mamãe? — insistiu Pedro.

— Se vocês não destruírem minha casa até de noite eu levo sim.

— Escutaram? Sem bagunça. — reforçou Guilherme.

Deixei eles na mesa e sentei no sofá com o Eduardo.

— Eles estão muito espertos. — Disse Edu.

— Nem me fale, aonde já se viu ela falar essas coisas?  Ela só tem 4 anos cara. — Ele riu.

— Vou ir lá em casa e volto mais tarde pra levar vocês na pracinha. — Nós beijamos.

— Okey!

[…]

— Emily chega, saí desse banheiro agora!!! — Gritei em quanto arrumava o Pedro.

— Já saí! — veio Andando na minha direção de braços cruzados enrolada na toalha.

— Pirracenta. — Apertei as bochechas dela. Ela franziu o cenho com raiva.

Depois de vestir o João, fui pentear o cabelo dela.

A FILHA DO PASTOR 2 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora