5- Filme

7.3K 356 66
                                    

Pov. Mel

O Justin chegou a casa pouco antes do jantar e foi até ao quarto dele, provavelmente deixar as suas coisas. Eu ja tinha a mesa pronta para ele e depois de deixar a comida na mesa voltei para a cozinha esperando que o Justin viesse para a mesa para o poder servir. 

Não demorou muito tempo para que ele descesse e apareceu na cozinha vestindo um fato de treino cinzento e uma t-shirt branca.

Justin: Podes por mais um prato na mesa, por favor.

Eu: Sim, claro que sim. Vai ter visitas?

Justin: Não, é para ti. Eu disse que não gostava de estar sozinho na mesa.

Eu: Eu agradeço Justin, mas não é necessário. O que iriam pensar as pessoas se soubessem que eu fico a comer consigo na mesa.

Justin: Não tem nenhum problema em estares comigo na mesa e mesmo que tivesse, eu não me importo com nada do que dizem.

Eu: Eu sei que não tem problema mas não parece correto.

Justin: Não é correto porque eu sou teu chefe?

Eu: Exatamente, eu estou aqui para limpar a casa e cumprir ordens e regras.

Justin: Então encara isto como uma ordem. 

Ele passou ao meu lado e abriu alguns armários até que encontrou os pratos, copos e talheres e levou para a mesa. Eu fui atrás dele sem acreditar no que ele estava a fazer. Depois de deixar tudo arranjado na mesa ele voltou a cozinha e veio com um guardanapo de pano e um sumo natural nas mão.

Justin: Vamos comer ou falta alguma coisa?

Eu: Vamos comer.

Ele sorriu e sentou-se no seu lugar enquanto eu me sentava no meu. No "meu lugar", é estranho utilizar estas palavras porque na verdade nenhum lugar na mesa o até nesta casa é realmente meu, mas a maneira como ele me deixa livre para viver aqui, tal como deixava a minha mãe, faz-me sentir realmente em casa. É como se eu tivesse nascido e vivido aqui toda a minha a minha vida. É muito bom sentirmos que somos bem-vindos e bem tratados no lugar onde trabalhamos, para além de estaremos mais felizes temos mais gosto em fazer o serviço bem feito.

Trocamos poucas palavras durante o jantar, dava para notar que ele estava cansado mas mesmo assim ele se esforçava para conversar e mesmo nos momentos de silêncio ele sempre sorria. Nunca chegava a ser aquele silêncio constrangedor, era um silêncio agradável onde conversávamos através de sorriso e olhares simpáticos. Falando em olhares, no meio dos olhares que trocamos ao longo do jantar percebi o brilho constante que ele tinha nos seu olhos cor de mel. Desde que chegamos nesta casa que a cor dos seus olhos me chama atenção, no entanto, hoje reparei que mesmo cansado, depois de um dia de trabalho que parece ter sido bastante ocupado, o brilho daquele castanho único permanecia.

Quando acabamos de jantar eu levantei a mesa e o Justin foi para a zona exterior da casa atender uma chamada. Rápidamente arrumei a cozinha, limpei o fogão e coloquei toda a loiça suja na maquina de lavar. Estava a terminar de limpar a bancada quando o Justin entrou na cozinha.

Justin: Tens alguma coisa para fazer agora?

Eu: Não, ja terminei tudo. Precisa de alguma coisa?

Justin: Na verdade ia convidar-te para ver um filme.

Eu: Um filme?

Justin: Sim, um filme. Naquela sala de cinema que custou um rim e eu nunca uso. 

O Meu Patrão 👉jbOnde as histórias ganham vida. Descobre agora