Capítulo 24

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Disclaimer: Copyright Jo-Ro. E Lovin 'Spoonful.

Antes: Remus é um lobisomem (embora se você não sabia disso deveria estar lendo Prisioneiro de Azkaban agora). Todo mundo vai para casa devido às férias de verão. James, Remus e Peter ainda se recusam a se encontrar e a falar com Sirius depois da brincadeira do Salgueiro Lutador com Snape. A amizade de Lily com Snape termina assim que ela reinicia sua amizade com James.

Quanto à Geografia: Eu tenho um mapa e sei onde fica Manchester. Os erros geográficos neste capítulo são resultado da minha memória nebulosa do primeiro capítulo do primeiro livro (esquecendo a referência a "Bristol" feita por Hagrid). Se eu conseguir, posso editar depois, mas não tenho tempo nem energia no momento, e peço o perdão de vocês enquanto isso.

Chapter 24- "Contra Mundum"

Or

"Summer in the City"

Era uma vez um garotinho feliz de cinco anos de idade. Seu nome era Remus Lupin.

Naqueles dias, Remus era uma criança vivaz. Sua mãe, uma trouxa, amava muito o filho, apesar de suas frequentes explosões de magia acidental sempre virem como um choque. Seu pai, um bruxo, era apaixonado por ele.

Ele cresceu próximo a Rochdal e fez amizade facilmente com outras crianças bruxas da área. O menino gostava do ar livre; gostava do mar, do sol e do vento. Ele ria com facilidade e frequência; era inteligente, começou a ler cedo e demonstrava considerável potencial em magia.

Remus era educado, gentil e falante. Havia, sustentava Mary Lupin, algo em seu filhinho que atraía as pessoas, algo especial.

Mas uma noite, quando Remus John Lupin tinha cinco anos de idade, quando ainda era jovem e contente, quando ainda permanecia inconsciente sobre as sombras do mundo, quando era travesso e feliz, quando o nome Voldemort não era nada mais que um sussurro, proferido apenas nos cantos mais escuros da Inglaterra mágica – uma noite, o curso da vida promissora de Remus Lupin foi alterado.

Enquanto vivesse, Remus se lembraria da primeira parte daquela noite nos mínimos detalhes. Lembrava-se com uma clareza horrenda da sensação da grama em suas pernas desnudas, o ar quente de verão, o suave farfalhar das folhas debaixo de suas sandálias enquanto caminhava pelo parque. Lembrava-se da primeira pontada de um temor estranho (pois pouquíssimas coisas o assustavam na época) com um som esquisito e deslocado, em algum lugar entre as árvores.

Lembrava-se dos olhos – amarelos e cheios de ódio que o encaravam, que o elegeram – fixos e aterrorizantes.

O sopro do vento, o balanço no parque que rangia ao balançar, uma breve pontada de culpa, facilmente reprimida, com o reconhecimento de que estava desobedecendo à ordem explícita do pai, vozes tênues e distantes quando alguém no quarteirão ligou um rádio...

E então sangue.

Da segunda parte daquela noite, Remus lembrava-se muito pouco.

O pior eram as manhãs.

Cada centímetro de seu corpo queimava e doía; o sangue obscurecia a visão de um dos olhos; o outro estava inchado e dolorido. Podia sentir cada um de seus ossos – cada um assolado por uma dor única, cada um chacoalhando com a batida rápida e irregular de seu coração. Ele arfou em busca de ar.

Ocorreu-lhe que não estava mais em forma de lobo. Tornara a ser Remus. Mas isso significava que agora podia entender propriamente a agonia física da transformação, e nenhuma ansiedade ou procrastinação poderia protelar aquela inevitável verdade.

The Life and Times - TraduçãoWhere stories live. Discover now