Capítulo 25

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LIZA

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LIZA

Borboletas e voos

Acordei mais cedo que eles. Isso talvez porque não consegui dormir. Devia estar anestesiada após tantas emoções em uma noite incomum da minha vida. Eu me conhecia o suficiente para saber que, somente pela graça, tudo aconteceu do jeito que aconteceu.

A verdade é que a Liza de meses atrás faria piada com isso.

Me belisquei umas duas vezes com força, ao vê-los deitados no sofá, dormindo com um semblante de paz, na minha frente. Era real... não tinha sido um sonho.

― Não sei como agradecer, SENHOR... ― sussurrei, com os olhos lacrimejando.

Deixei a casa como quem deixa uma parte do coração. Queria ficar mais um pouco lá, mas também sabia que precisava resolver outras coisas. Por exemplo, eu tinha recebido uma mensagem da Melanie. Na hora, ri e deixei-a de escanteio, mas depois meu coração se sentiu incomodado a respondê-la.

Melanie: Oi, Elizabeth. Sei que é esquisito, mas queria te convidar a vir na minha casa. Da última vez, as coisas não foram tão agradáveis, mas desta será. Eu garanto. Te espero.

Liza: Oi, Melanie. Por favor, deixe o passado no passado. Vou tentar ir. Mando mensagem caso contrário.

Recebi também um e-mail no caminho para casa. Era do Orfanato. Entrei em contato com eles logo após Jhonata me dar a notícia de que eu não havia ganhado o concurso da Rádio, mas que fui bonificada pelo segundo lugar. Não era uma grande quantia, mas quando juntei-a com outras economias, a doação ao Orfanato ficou com um valor considerável. Eles agradeceram muito, mas lamentaram por eu não permitir colocarem meu nome no quadro de doadores da instituição, apesar de respeitarem a minha vontade.

Meu coração estava leve porque eu, enfim, sentia que estava deixando tudo para trás. Deus transformou o"nada" a que eu tanto me apegava, ao "tudo" dEle.

― Deu tudo certo? ― Anna perguntou, ao me ver bem-humorada.

― Sim ― sorri rapidamente. ― Te conto melhor quando chegarmos em casa. Agora precisamos ir ao meu lugar preferido de Porto do Céu.

Nicholas me pediu para visitar Sam de vez em quando e era isso que eu fazia pelo menos uma vez a cada quinze dias. Naquele dia, em especial, encontrei-a próxima a uma duna de areia, deitada movimentando braços e pernas, simultaneamente.

― Está tentando fazer um anjo? ― perguntei, antes de ela sequer me ver.

― Não. Estou fazendo NADA. Estou muito triste e com muita raiva.

― Hum... ― cocei a bochecha e troquei olhares divertidos com Anna. ― Tudo bem sentir isso tudo. Eu acho legal não fazer nada de vez em quando, também.

Sam finalmente levantou-se, com as costas inteiramente sujas de areia.

― Me deixe ajudá-la ― Anna espalmou suas roupas, melhorando um pouco sua aparência. ― Você é tão linda! ― admirou-a de perto.

Até que te encontreiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora