1| Childhood Love

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POV Mia

Poderia dizer que sou a mulher mais feliz, tenho o homem perfeito ao meu lado, ou quase prefeito. Ricky foi o meu primeiro amor, desde sempre ele foi quem despertou algo tão mágico em mim, sempre me tratou como prioridade na sua vida, tanto exagerado, confesso, mas ultimamente nada disso está reinando dentro da casa, a atenção não tem aparecido tanto, ele fica infundado naquele trabalho dele com a secretária na qual é caidinha por ele, e sempre diz que nunca me trairia, mas confesso que se acontecesse eu não me importaria já que nosso amor estar indo por água abaixo.

Ele tem me deixado um pouco de lado e isso estava me incomodando, a secretária já ligou várias vezes perguntando por ele, porque ele não estava em casa ou pra onde ele foi, como se ela tivesse algum poder sobre ele.

Mas oque importa é que estou fazendo de tudo pra dar certo, de tudo e mais um pouco já que ele não estar dando a mínima, diz que me ama mas não demonstra, preciso tirar a limpo essa história.

Pego a chave do meu carro e saio as pressas porta a fora. Caminho rápido entre os corredores do prédio e desço rapidamente as escadas, abro a porta do carro e entro ocupando meu lugar, antes de por o cinto fecho os olhos pensando na possibilidade de chegar lá e ver uma cena inaceitável.

Não quero poder chegar lá e sempre ver a secretária dando em cima do Ricky e ele ao pondo e ceder mas ai eu chego e ele finge que nada está acontecendo.

Coloco a chave na ignição e dou partida ao carro à 70Km/h. Talvez eu deva dar um basta, mas sou complemente apaixonada por ele, afinal ele sempre foi meu amor desda oitava série, só que nunca me notou. Mas tudo começou no ensino médio, no primeiro ano quando ficamos na mesma sala. Mas a três anos atrás minha felicidade foi tanta que sai de casa pra morar com ele onde estou até hoje.

Mas sinto que o fim vai ter e não vai demorar, não quero sempre chegar de surpresa na empresa e ver ele dando mole pra secretária, talvez seja por isso que ele mandou eu avisar ele sempre que eu for lá.

Avisto o edifício de tringa andares, completamente composto por janelas de vidro escuro, não dava pra se ver nada lá dentro, e as três enormes letras que habitavam ao topo do mesmo " RTC " ; Ricky Tyller Carry " empresa de transportadora.

Dentro era algo delicado e requintado, puro mármore. Passo pelas portas automáticas e caminho-me ao balcão com a recepcionista. Sou recebida por um sorriso gentil e simpático.
- Olá srt. Mia.
Ela passa os olhos por mim e retribuo gentilmente.
- Olá Julie.
- Quer que eu avise ao sr.Ricky? - Ela coloca a mão sobre o telefone.
- Não será necessário.
Ela concorda que sim com a cabeça e caminho-me até o elevador.

Marco o último andar no painel, apensar de tudo isso pertencer ao seus pais, Ricky gosta de ser superior, ficar no topo, por isso trabalha na cobertura, na melhor sala do edifício.

As portas se abrem e caminho-me até a enorme porta branca envernizada, bato na porta e ao olhar pro lado noto a mesa vazia onde a secretária fica. Não, por favor não. Abro a porta e simplesmente a cena é a mesma de todas, ele sentado em sua cadeira de camurça e a secretária no colo dele.
- Mia? - Sua voz sai trémula.
Pra falar a verdade nem sei oque estou fazendo aqui. Ele já estava sem a blusa e a secretária apenas de sutiã.

Nego com a cabeça e me viro correndo imediatamente pro elevador. Foi uma idiotice vir aqui fazer a tal surpresa pra ele. O elevador abre no décimo quarto andar onde dou de cara com a srt. Pattie.
- Mia! - Sua felicidade era impossível não notar.
- Olá srt. Pattie.
Me aperta em um abraço.
- Não sabia que viria, vem, vamos ver o meu marido. - Ela aberta no décimo oitavo andar.
- É melhor eu ir.
- Não. Acabou de chegar não foi? Vamos tomar aquele capuccino que eu sei que você adora.

O elevador abre e caminhamos até a enorme porta preta envernizada com alguns detalhes cinzentos. Ela abre a porta e então o olhar do sr. Chris e de um homem no qual pareciam conversar, dirigiam-se a nós.
- Mia? Que surpresa. - O sr. Chris se levanta educadamente e vem a mim me comprimentando com um abraço.
- Olá sr. Chris. - Retribuo com um sorriso. - Já foi no Ricky?
- Ah, sim. Não estou aguentando mais.
- O que foi querida? - Pattie parecia preocupada.
- Eu gosto muito de vocês, os admiro muito, mas o Ricky...
- O que tem meu filho?
- Ele está outra vez com aquela secretária.
- Oque? Tenho certeza que é apenas uma mal entendido.
- Não é Pattie. Eu sei que vocês adoram nos ver junto mas não dá pra aguentar mais.
Chris sai imediatamente da sala.
- Perdoa ele Mia..
- Você sabe quantas vezes eu já aguentei isso.
- Preciso falar com ele. - Ela pegou o blazer estendido na cadeira e saiu as pressas.

Sento-me na poltrona e escondo a cabeça entre minhas mãos.
- Acontece nas melhores famílias. - Levanto a cabeça e noto o cara de terno na cor preta, com uma blusa social azul oceano e de gravata branca diz puxando um cigarro do bolso.
- Quem é você?
- Dyllan. - Ele se escora na frente da mesa de madeira pura do sr.Chris apoiando o traseiro na beira da mesa e da uma tragada lenta no cigarro. - Trabalho pro seu sogro.
- Tenho certeza de o sr.Chris não vai gostar nada desse cheiro insuportável.
- O cigarro? - Ele pega o deixando entre os dedos e sorri maroto. - Nem vai ligar. Me conta mais sobre você. - Seu olhar queimava em mim. Desvio o olhar pros meus dedos que brincavam nervosamente.
- Não tenho muito oque falar.
- Que tal começar pelo seu nome, hum?
- Mia Calder.
- Sou Dyllan Throy.
- Mia, Mia me perdoa! - Ricky entra pela porta completamente alterado.
- Agora não Ricky, por favor.
- Desculpa, não sei onde estava com a cabeça.
- Você nunca sabe Ricky.
- Perdoa ele Mia. - Pattie aparece desesperada.

Odeio quando ficam me pressionando, acabo fazendo algo que eu não quero sim oque os outros querem. Pra falar a verdade nem eu sei o que devo fazer.
- Por favor Pattie, isso é um assunto pra se discutir em casa, aqui não é lugar pra tanto.
- Concordo. - Dyllan simplesmente se mete no assunto alheio.
- Dyllan! - Chris abre os olhos quando o ver fumando. - Não admito esse tipo de comportamento em meu estabelecimento.
- Desculpe senhor. - Ele imediatamente joga o cigarro no lixo ao lado da mesa.
- Não me suma Ricky, vamos ter uma boa conversa.
- Desculpa. - Ele sussurra pra mim entes de sair da sala.

Sempre depois dessas brigas fica um clim estranho, ainda mais quando essas brigas acontecem na frente de alguém como no caso do Dyllan. Desnecessário ele presenciar esse tipo de situação, minha cara tá no chão. Mas um pra saber que eu sou corna, mas acredite, se eu me importasse mesmo com o que o Ricky faz, ele ia se arrepender amargamente.
- Já passei vergonha demais hoje, vou indo.
- Fale direito menina.
- Você quer que fale direito? Sabe das vezes que eu perdoei sei filho, das duas primeiras vezes foi por amor, mas das outras vezes foi apenas para agradá-lá.
- Você não gosta mais do meu bebê?
- Eu amo ele Pattie, só que estou cansada de ser corna.
- Perdoa ele, por favor.
- Não posso te responder agora.
- Dyllan, tira ela dá minha frente agora! - Pattie fecha os olhos e começa e respirar fundo, ela costuma fazer isso quando começa a se estressar.
- Por favor Mia. - Ele abre a porta e com a mão indica pra que eu saia.

Saio correndo da sala e entro no elevador que já estava aberto.
- Segura ai. - Dyllan fecha a porta e vem correndo pro elevador.
- Você não tem que trabalhar?
- Estou no meu horário de almoço. - Ele aperta o primeiro andar no painel.
- Posso ir com você, depois disso estou faminta.
- Claro, vou te levar a onde eu sempre vou, a comida lá é ótima.

-x-

Dyllan é um cara bem divertido, tem um bom papo, é simpático e extrovertido. Sorte minha ter cruzado com ele.
- O que foi? Me achou bonito? - Pergunta levando o cigarro até os lábios. Ele estava sem o terno, apenas com a blusa social que grudava no peitoral dele por ser bem forte..
- Não.
- Sou feio então?
- Não, não é isso...
- Nossa hein.
- Você está me confundido.
- Eu sei. - Ele rir. - Fiz pra te confundir mesmo.
- Idiota. - Reviro os olhos.
- E então, a quanto tempo você e o Ricky está junto?
- Casados a três anos.
- Você me parece nova pra ser casada.
- 24.
- Ainda nova, nunca pensaram em ter filhos?
- Ele nunca teve tempo, sempre dedicado ao trabalho e eu focada em terminar a faculdade.
- Terminou?
- Sim.
Ele olha no relógio em seu pulso e levanta.
- Preciso ir, já deu minha hora.
- Roubei seu tempinho né. - Levanto também.
- Imagina. - Beija minha testa. - Foi um prazer, tchau, até a próxima.
- Tchau.- Sorrio enquanto o vejo se afastando.
Hora de ir pra casa. Caminho-me até meu carro e dou partida.

~~Continua~~

Trio AmorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora