Capítulo 3

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Olá amorecas, desculpem a demora, mas, ainda não dormi então ainda é quarta.

Não, eu sei que não é, meus horários que são invertidos, perdi metade do dia, entãoooo bom diaaaaaa, feliz quinta para todas!

Capítulo hoje está agitado, espero que gostem, um beijão pra vocês ♥

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Não consegui dormir aquela noite, estava muito chateada. Levantei de madrugada e fui fazer um chá. Então alguém bateu na minha porta. Abri e me deparei com Wallace, ele estava usando uma jaqueta preta e uma blusa branca por baixo, colada ao corpo. Os músculos bem definidos da barriga estavam deliciosamente salientados. Abri mais a porta e deixei que ele passasse.

— Então. Eu vi a luz acesa... — ele parecia sem graça — Como foi a en... — ele parou de falar e ficou me olhando.

Só então percebi que estava com uma camisola quase transparente. Ele engoliu em seco e voltou a falar.

— A entrevista, como foi?

— Não sei, não cheguei a tempo.

Percebi uma sombra passar por seus olhos, parecia culpa.

— Eu sinto muito não tê-la levado...

— Tudo bem, você não tinha obrigação de me levar. Vou me programar melhor da próxima vez.

— Não é que eu não quisesse levar você — ele falou ainda sem graça. — Eu queria, teria te ajudado, mas...

— Mas?

Ele passou a mão pelos cabelos num gesto que indicava nervosismo e respirou fundo. Abaixou a cabeça e não falou nada.

— Tudo bem, não esquenta com isso. Quer um chá?

Um sorriso surgiu no rosto tenso e ele me olhou daquele jeito dele, bem nos olhos, sem desviar por um tempo.

— Chá você sabe fazer ou eu corro o risco de ele estar salgado?

Fiz uma careta.

— Vai ter que provar para saber, bonitão.

Ele sentou-se na bancada e eu servi uma xícara de chá para ele, que cheirou o chá desconfiado, fazendo com que eu o acertasse com um pano de prato. Depois tomou e fez uma cara de aprovação. Por algum motivo respirei aliviada.

— Você comeu alguma coisa hoje? — ele perguntou.

— Comi mãe, não esquenta. — Ele riu de novo e ficou em silêncio enquanto tomava o chá.

Depois que ele saiu, com o sol nascendo de novo, tomei um banho e fui para a faculdade. Quase ninguém estava lá, já que era o último dia antes do feriado de Carnaval. Praticamente não tivemos aulas, ficamos a maior parte do tempo batendo papo e fazendo planos. Eu tinha combinado de sair com a Andressa de noite, íamos a uma micareta na Passarela do Álcool, ponto turístico em Porto Seguro. Me encontrei com Olavo na saída da faculdade e ele me deu uma carona. Aproveitei para perguntar sobre o misterioso Wallace.

— Então, por que seu amigo chega em casa de madrugada?

— O Wallace? Ele estuda Administração de tarde e trabalha à noite. O pai deles tem dinheiro, não sei se você sabe, mas o Wallace e o Willian são irmãos.

Balancei a cabeça, eu deveria saber, eles tinham o mesmo furo no queixo.

— Então o pai deles, mais conhecido como Mão de ferro, criou os dois rigorosamente. Ele não tolera bebida, cigarro, risos. Enfim, quando descobriu que o filho era homossexual... — Ele parou de falar e fez uma careta. — Os meninos se mudaram do Rio para cá, onde estão até hoje.

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