uniquely perfect. || adaptação norminah

A Hybrid

POV Dinah.

Antes de conhecer Normani Hamilton, eu só conhecia outra pessoa que era tão única como Normani era. Minutos antes de nos conhecermos eu tentava escapar de outra pessoa. A pessoa atendia pelo nome de Camila Cabello. Eu estava no apartamento da minha melhor amiga, Lauren Jauregui, onde Camila também se encontrava. E eu não fui rápida o suficiente para chegar a porta, então Camila me agarrou num abraço apertado.

— Vou sentir saudades, Dinah! — Ouvi a voz da minha abraçadora, e depois com uma quantidade excessiva de saliva, lambeu toda minha bochecha.

— Urgh! — Gemi, me contorcendo e me afastando dela, limpando minha bochecha. — Controle sua cadela interior, Camila!

— Desculpa! — Camila gemeu e se esgueirou até Lauren, que estava encostada no batente da porta da cozinha.

— Dinah! — Lauren me repreendeu. — Tenha um pouco de simpatia! Você sabe que Camila tem dificuldade de agir como uma pessoa normal quando ela está animada.

Camila não era de um todo uma pessoa normal. Ela tinha um par de orelhas da cor preta em sua cabeça e uma cauda da mesma cor.

Uma cauda.

A primeira vez que tinha sido apresentada a Camila, eu disse a Lauren que ela estava fora de si. Então Camila simplesmente se escondeu atrás de Lauren, e depois minha amiga me informou que a garota ainda não falava muito bem. Eu fiquei perplexa, é claro. Demorou horas para que Lauren me explicasse exatamente o que Camila era. E preciso confessar que mesmo depois da explicação eu ainda não conseguia acreditar nela. Eu simplesmente saí de seu apartamento e fui para casa, estava chocada.

Camila é um híbrido. Era assim que Lauren a definia. Lauren tinha a encontrado vagando próximo ao seu apartamento tarde da noite, ela ficou surpresa com a aparência da garota e então a levou para casa e fez uma pesquisa rápida.

A existência de um híbrido é muito rara. Lauren descobriu mais tarde, por Camila, que a garota havia sido criada por um cientista. Camila compreendia as palavras e sabia o que significava a maioria das coisas, mas ela não sabia como transformar seus pensamentos em palavras e vocalizá-los. Uma vez que Camila aprendeu a falar, não quis entender o assunto de como sua vida era no laboratório com o tal cientista que a criou, e Lauren também não insistia.

Depois de um tempo em consegui aceitá-la.

Híbridos são considerados mito pela maioria das pessoas. Contudo, Camila não podia ser vista em público. Ela poderia ser pega pela justiça e ser tirada de Lauren, voltando a ser experimento de laboratório.

Se você ignorar as orelhas e a cauda da garota, você poderia julgar que Camila era uma menina normal de 19 anos como qualquer outra, exceto talvez por ela ser amável demais... O que não era de um todo ruim. A menos se ela estiver lambendo seu rosto.

— Eu sei, eu sei... — Revirei os olhos. — Ela não consegue evitar, eu já sei.

— Você não ia sair? — Camila retrucou, sentindo-se ofendida por mim.

— Sim. — Eu ri, assentindo. — Eu tenho que ir dormir. Preciso trabalhar amanhã, ao contrário de você... Sua vira-lata preguiçosa.

— Bom, se não fosse por isso... — Camila disse, agarrando sua cauda e apontando para suas orelhas. — Eu teria um emprego.

— Mas é isso que te faz minha, Camila. — Lauren lhe disse carinhosamente, puxando-a para que ela pudesse lhe dar um selinho.

Isso foi outra coisa que me fez pirar. Lauren e Camila se apaixonaram. Eu aceito isso, vendo o quão felizes elas são. Eu sou lésbica mesmo, só estava confusa a respeito de como duas pessoas totalmente diferentes poderiam viver juntas.